Enchente mata ao menos 10 pessoas no norte da China
17 agosto 2025 às 14h34

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Pelo menos nove pessoas morreram e outras três estão desaparecidas após uma enchente repentina atingir a região da Mongólia Interior, no norte da China, informou a mídia estatal neste domingo, 17.
O transbordamento das margens de um rio que corta as pastagens locais ocorreu por volta das 22h de sábado, 16, arrastando 13 pessoas que acampavam nos arredores da cidade de Bayannur, importante polo agrícola. Uma delas já foi resgatada com vida.
Mais de 700 pessoas participam das operações de busca e salvamento, segundo a agência estatal Xinhua. Imagens divulgadas pela imprensa chinesa mostram a força da correnteza em áreas de irrigação que abastecem a cidade.
A China enfrenta, desde julho, chuvas mais intensas do que o normal, impulsionadas pelas monções do leste asiático. O fenômeno tem causado enchentes e outros desastres naturais em diferentes regiões do país. Especialistas apontam que as mudanças climáticas vêm alterando os padrões meteorológicos e intensificando os eventos extremos.
Bayannur, além de sua importância agrícola, é também um centro de produção de carne e derivados de ovinos. As enchentes representam risco adicional à segurança alimentar e à economia local.
Em outras partes da China, o mau tempo também fez vítimas. Na província de Sichuan, no sudoeste, duas pessoas morreram e três ficaram feridas após a queda de uma estrutura durante um festival de cerveja na sexta-feira, 15. Já na província de Hainan, autoridades suspenderam por mais de três meses as atividades de pesca, liberadas apenas neste sábado, 16, devido às tempestades persistentes.
O episódio em Bayannur ocorre poucas semanas após uma chuva torrencial em Pequim, a menos de 1.000 km dali, que deixou ao menos 44 mortos e obrigou mais de 70 mil moradores a deixarem suas casas.
O governo central anunciou recentemente 430 milhões de yuans (R$ 323 milhões) em novos repasses para assistência a desastres, elevando para 5,8 bilhões de yuans (R$ 4,3 bilhões) o total destinado desde abril para enfrentar emergências climáticas.
