Diretora do FMI recomenda medidas sociais com o avanço da IA

16 janeiro 2024 às 11h18

COMPARTILHAR
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, considera que a inteligência artificial pode aumentar a desigualdade social. Segundo ela, cerca de 60% dos empregos podem desaparecer em economias desenvolvidas por conta da IA. Além de problemas de extinção de empregos em países em desenvolvimento.
“É crucial que os países estabeleçam redes de segurança social abrangentes e ofereçam programas de reciclagem para trabalhadores vulneráveis”, afirma Georgieva, segundo a BBC Brasil. “Ao fazer isso, podemos tornar a transição para a IA mais inclusiva, protegendo os meios de subsistência e reduzindo a desigualdade”, acrescenta.
Por isso, a diretora-gerente defende o uso de intervenção política para evitar problemas envolvendo desigualdade social. Principalmente programas sociais para os mais vulneráveis durante a transição para a era da inteligência artificial.
A pauta sobre os benefícios e riscos da inteligência artificial ganhou destaques durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Para o FMI, os países considerados desenvolvidos devem investir na integração da IA nos trabalhos, com regularizações. Enquanto, aqueles que são emergentes precisam focar em outras áreas antes.
Para a entidade, o Brasil é considerado como “intermediário” entre desenvolvidos e em desenvolvimento. O FMI aponta que o país possui 41% dos empregos que podem ser substituídos pela inteligência artificial.
Com alguns debates a respeito dentro do Congresso Nacional, o Brasil não possui nenhuma regulação a respeito do tema.