Caso Epstein reacende tensão entre apoiadores de Trump: “Base exige coerência”
Fabrício Vera
25 julho 2025 às 10h25
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O caso Jeffrey Epstein voltou ao centro do debate político nos Estados Unidos e está provocando um racha entre os apoiadores do presidente Donald Trump. A base mais conspiratória de apoio, que há anos exige a divulgação completa dos arquivos a respeito, agora se vê em conflito após o chefe de Estado afirmar que o “caso está encerrado” e não sinalizar apoio à liberação de novos documentos.
Segundo o jornal americano The Washington Post, a decisão surpreendeu parte de seus apoiadores. Em fóruns como TheDonald e redes sociais, cresceram as críticas e cobranças por transparência. Figuras públicas que apoiam o presidente ainda tentaram minimizar o impacto, mas enfrentaram forte resistência de seguidores que citaram fotos e vídeos antigos de Trump com Epstein, cobrando coerência.
A tensão aumentou após o Departamento de Justiça e o FBI negarem, em um memorando recente, a existência de uma suposta “lista de clientes” associada ao caso e reafirmarem que Epstein cometeu suicídio em 2019. Para muitos apoiadores, a negativa foi vista como tentativa de encobrimento, e o silêncio de Trump passou a ser interpretado por alguns como cumplicidade ou omissão.
Em meio à pressão, alguns aliados do presidente têm tentado mudar o foco. O governo passou a divulgar novos documentos relacionados à interferência russa nas eleições de 2016, através da diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, tentativa vista por críticos como uma distração. Ainda assim, o caso Epstein continua presente nos debates digitais e se tornou uma das maiores fontes de divisão entre influenciadores pró-Trump.
O impasse evidencia uma crise de identidade dentro do próprio movimento que ajudou a impulsionar Trump ao poder, à medida que parte de sua base mais fiel se vê dividida entre a lealdade ao ex-presidente e a busca por coerência nas promessas de “limpar o sistema”. A forma como Trump lidar com essa pressão pode determinar a sua nova relação com o eleitorado e o como será a nova fase do conservadorismo americano.
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