Atentado a tiros em Jerusalém deixa seis mortos e 11 feridos

08 setembro 2025 às 11h32

COMPARTILHAR
Ao menos seis pessoas foram mortas e 11 ficaram feridas — seis em estado grave — em um atentado a tiros em um ponto de ônibus em Jerusalém nesta segunda-feira, 8. Dois atiradores palestinos da Cisjordânia foram mortos após abrir fogo contra os civis, segundo informou a polícia israelense. Um vídeo gravado de dentro de um veículo mostra multidões fugindo dos arredores de um ponto de ônibus na cidade que é disputada por Israel e Palestina como capital de seus respectivos estados.
O ataque ocorreu por volta das 10h15 locais (4h15 de Brasília) no ponto de ônibus da Ramot Junction, área da cidade anexada por Israel após a guerra de 1967, ação não reconhecida pelas Nações Unidas e pela maioria dos países. Os agressores chegaram de carro, portando armas, munições e uma faca, e foram abatidos por um segurança e um civil no local.
Entre os mortos estão Israel Matzner, 28, Yosef David, 43, Mordechai Steintzag, 79, Sarah Mendelson, 60, Levi Yitzhak Pash e Yaakov Pinto, 25, natural da Espanha e residente em Israel. A polícia também prendeu dois suspeitos relacionados ao ataque.
O Hamas e o Jihad Islâmico celebraram o atentado, embora nenhum dos grupos tenha reivindicado oficialmente a responsabilidade. Em resposta, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, prometeu retaliação contra a Faixa de Gaza, e o premiê Binyamin Netanyahu declarou que o país está em uma “poderosa guerra contra o terror”.
O ataque ocorre em meio a uma ofensiva militar israelense em Gaza, onde prédios têm sido bombardeados consecutivamente, e pouco antes do segundo aniversário dos ataques do Hamas de 7 de outubro. Autoridades palestinas condenaram o atentado, ressaltando a necessidade de um Estado independente como forma de romper o ciclo de violência.
A tensão internacional também aumentou. O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o ataque como condenável, e a Alemanha o definiu como covarde. Além disso, Israel proibiu a entrada da vice-primeira-ministra da Espanha, Yolanda Díaz, em retaliação às medidas do governo espanhol contra a campanha militar israelense em Gaza.