Bastidores
O PSD de Goiás já tem uma safra de prefeitos ruins — Luiz Carlos Attié, de Cristalina; Cristóvão Tormin, de Luziânia; e Itamar Barreto, de Formosa — e, para piorar a situação, aceitou a filiação do “alcaide” de Goianira, Miller Assis. Miller Assis foi expurgado do PP pelo senador Wilder Morais, que vai apoiar Carlão Oliveira para prefeito de Goianira. Carlão, ex-prefeito, é o favorito.
Pré-candidato a prefeito de Uruaçu, o decente Valmir Pedro, finalmente procurou boas companhias. Empresários e políticos experimentados de Uruaçu vão trabalhar em sua campanha. A gestão da prefeita Solange Bertulino é tão ruim que, durante a campanha, terá de gritar todos os dias: “Não me deixem só!” Um dos problemas de Solange Bertulino é que, por pirraça, não procura benefícios para o municípios. Não fosse Valmir Pedro, com seu jeitão pacífico, levar obras do Estado para o município, Uruaçu estaria bem pior. Mas o governo do Estado precisa terminar a construção do hospital regional no município. A população já está reclamando da demora. A obra está paralisada.
A oposição em Goianira tem três nomes consistentes para a disputa da prefeitura em 2016. O favorito é o ex-prefeito Carlão Oliveira — seguido de Christian Pereira, do PT do B, e Ercy Rodrigues do Nascimento, sem partido.
Ercy Rodrigues perdeu o comando do DEM para um aliado do prefeito Miller Assis. O senador Ronaldo Caiado teria sido iludido pelo millerista, que é ligado ao secretário Vilmar Rocha, inimigo figadal do democrata. Com o millerista no comando, o DEM continua na base do governador Marconi Perillo. Tudo aquilo que Caiado não queria.
Ercy Rodrigues pode ser vice de Carlão Oliveira para prefeito de Goianira ou mesmo pode disputar a prefeitura. Ele já foi prefeito do município e é um político experimentado, ainda que da velha guarda.

[caption id="attachment_380" align="alignleft" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O secretário de Governo, Henrique Tibúrcio, organiza a última edição do programa Governo Junto com Você de 5 a 8 de novembro, no município de Padre Bernardo, no Entorno do Distrito Federal. “O alcance social é extraordinário. Pessoas carentes são atendidas, sem burocracia, e podem resolver vários de seus problemas num único local.”
Por exemplo: tratamento oftalmológico, negociação de um débito fiscal ou a feitura de um documento, como carteira de identidade. “Nós fazemos as consultas e, logo depois, entregamos os óculos. O cidadão percebe a presença efetiva do governo do Estado.”
O PHS pretende lançar candidato a prefeito de Goiânia. A dúvida é se o nome será o do ex-presidente da Câmara Municipal da capital Marcelo Augusto ou o do presidente nacional do partido, Eduardo Machado. Eduardo Machado disse ao Jornal Opção que o partido vai encomendar uma pesquisa qualitativa para aferir o que realmente quer o eleitorado de Goiânia. “O que sei é que o eleitorado não quer políticos tradicionais e políticos que não têm coragem de enfrentar os problemas reais de Goiânia”, afirma Eduardo Machado.
O deputado-delegado Waldir Soares, orientado pelo marqueteiro Marcus Vinicius — o craque que está na Colômbia, onde criou o marketing de uma das campanhas para prefeito de Bogotá —, está conseguindo uma identidade ampla com o eleitorado de Goiânia. A independência que mantém dos líderes políticos e seu discurso praticamente não-político — escapando do tradicional — estão agradando o eleitorado.
Waldir Soares está deixando Vanderlan Cardoso — um político amuado que olha para Goiânia e só enxerga Senador Canedo, sua Paságarda —, cada vez mais para trás e está “colando” no líder, Iris Rezende. É o que mostra um das últimas pesquisas.
O delegado Waldir Soares pode até não ser eleito, por não ser visto como um gestor consistente — lembra Daniel Antônio, a Geni da política de Goiânia —, mas é evidente que se trata de um fenômeno eleitoral e, mesmo assim, está sendo subestimado pelos líderes políticos. Parece que as massas, descontentes com tudo, querem pôr um dos seus — ou que ela pensa ser dos seus, um outsider — no poder.
O líder do PROS na Câmara dos Deputados, Domingos Neto, estaria comandando uma megaoperação para “tomar” o comando nacional do partido das mãos do goiano Eurípedes Júnior, segundo suplente de deputado federal na coligação que apoiou o governador Marconi Perillo. Eurípedes Júnior, segundo um aliado, estaria pagando para ver. Com o estatuto do partido nas mãos, e dialogando com integrantes de todo o país, o suplente de deputado estaria dizendo aos correligionários que paga ver a capacidade de articulação dos “traidores”. A conspiração ocorre mais nos bastidores. Se apontada, Domingos Neto deve desmenti-la.
Líderes do PSD recomendam que Heuler Cruvinel (líder nas pesquisas de intenção de voto) deixe seu sapato de salto alto guardadinho na sapateira. Porque Lissauer Vieira, com o apoio do prefeito Juraci Martins — que ganhou duas eleições seguidas e contribuiu para eleger dois deputados —, é adversário consistente, com discurso afiado. Além de Lissauer Vieira, há o peemedebista Paulo do Vale, médico conceituado na cidade, que não será um páreo fácil de ser derrotado. Curiosamente, Heuler Cruvinel e Paulo do Vale pertenceram à base de Juraci Martins.
Se o prefeito de Anápolis, João Gomes, for mesmo para a base do governador de Goiás, Marconi Perillo, o PT deve lançar Ceser Donizete para prefeito de Anápolis. É a aposta do ex-prefeito Antônio Gomide e do deputado federal Rubens Otoni. Aliados de João Gomes contrapõe que não sairá do PT — nem agora nem em março.
Há quem aposte que Júnior Friboi vai ser candidato a prefeito de Goiânia única e exclusivamente para enfrentar Iris Rezende. O peemedebista, como até os postes e Samuel Belchior sabem, vetou a candidatura do empresário a governador de Goiás, em 2014. Ressalve-se que, até agora, Júnior Friboi não está filiado a partido político.
Pré-candidato a prefeito de Águas Lindas, Geraldo Messias migrou para o PTC, legenda controlada pelo deputado Cláudio Meirelles, do PR, mas manteve sua mulher no PP. Geraldo Messias é tratado como “galinha morta” pelos aliados do prefeito Hildo do Candango. Mas pode, popular, pode surpreender o petebista quase-tucano.