Bastidores

Encontramos 18595 resultados
Lúcio Flávio ganhou comando da OAB porque não tinha um legado. A próxima disputa permitirá comparação

[caption id="attachment_46502" align="aligncenter" width="620"]Fotos: Fernando Leite/ Jornal Opção Fotos: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption] O antropólogo Darcy Ribeiro dizia que às vezes é preciso começar pelo óbvio: Lúcio Flávio de Paiva foi eleito presidente da OAB-Goiás por ter sido considerado o melhor nome pelos advogados. As razões de sua vitória são várias, é claro. Mas as explicações devem começar não pelos problemas dos outros candidatos, e sim por seus méritos pessoais e de sua campanha (incluído o marketing inteligente criado pelo publicitário Marcus Vinicius, um dos mais perspicazes do país). Ficou claro que o indivíduo faz a diferença. Outro candidato, com estampa mais agressiva e com discurso menos afinado, poderia não ter sido bem-sucedido. Se a principal explicação para a vitória de Lúcio Flávio deve ser buscada no próprio Lúcio Flávio — que se tornou confiável para a maioria dos advogados e, por isso, conquistou quase 60% dos votos —, pois Leon Deniz dificilmente seria eleito (nunca conseguiu ser o nome de consenso dentro de seu próprio grupo), não dá para ignorar as outras chapas e, ao mesmo tempo, é preciso enfrentar os mitos. Primeiro, a união entre Enil Henrique, o presidente da OAB, e Flávio Buonaduce, da OAB Forte, possivelmente não teria resultado em nada, ao contrário do que se pensa. Leigos avaliam resultados “eleitorais” unicamente pelos votos, às vezes desconsiderando as variáveis. De fato, ao ficar em segundo lugar, Enil Henrique mostrou alguma força e, mesmo, certa habilidade. Mas isto é enganoso. Na verdade, sua força pessoal é mínima. A máquina da OAB é, na verdade, a única responsável por sua segunda colocação. Se não estivesse no comando da Ordem dificilmente teria sido candidato, não por falta de estatura como advogado, e sim porque não é um profissional que, sem estrutura poderosa, consegue agregar. Falta-lhe carisma e, também, o charme dos que seduzem — o que independe de poder, dinheiro e, quiçá, marketing. Segundo, devido à larga frente de Lúcio Flávio, vestiram em Flávio Buonaduce — um candidato para tempos mais amenos, porque se trata de um homem de diálogo, civilizado e ameno no trato — um figurino de postulante agressivo, batedor. Flávio Buonaduce deveria ter vestido um figurino similar ao de Lúcio Flávio, ainda que não fosse o esperado, e não o de Leon Deniz, por assim dizer. Ainda assim, com todos os problemas, fez uma campanha vigorosa, com forte apelo propositivo. Muitos advogados, não fosse o premente desejo de renovação, teriam hipotecado seu apoio ao jovem candidato — tais a sua simpatia pessoal e a sua competência como advogado e professor universitário. Então, embora fosse um candidato apontado como “excelente” — pesquisas confirmaram isso com o máximo de clareza —, Flávio Buonaduce perdeu devido à celebrada fadiga de material, ao fato de o grupo chamado OAB Forte ter ficado longos anos no poder. Há também o fato de Henrique Tibúrcio ter deixado o comando da Ordem para aceitar um cargo político no governo de Marconi Perillo. Tudo soma para se encontrar uma explicação para a vitória de Lúcio Flávio e para a derrota de Flávio Buonaduce (a rigor, pouquíssimo responsável pela derrota). Mas, como se sugeriu no início do texto, é muito difícil ganhar de um candidato que cai nas graças dos eleitores. O candidato do ideal, ou daquilo que se acredita ser a renovação. Disputar contra o “candidato do ideal e do sonho” é uma das missões mais complicadas. Argumentos realistas realçaram as qualidades de Flávio Buonaduce — e são tantas —, mas poucos advogados estavam prestando atenção neles e nelas. Porque estavam de olho nas virtudes de Lúcio Flávio, que, embora existam, foram maquiadas e exacerbadas pelo marketing de maneira excepcional. Marcus Vinicius investiu numa combinação perfeita entre realidade e sonho — produzindo, de algum modo, o “candidato ideal” ou “do ideal”. Candidato à reeleição, daqui a alguns anos, Lúcio Flávio por certo enfrentará uma campanha mais dura. Porque sua gestão poderá ser comparada com o legado deixado pela OAB Forte. Em 2015, a comparação entre o sonho e a crueza da realidade — que se chama, na prática, de “o possível” — deu a vitória a Lúcio Flávio. Na próxima eleição, o presidente agora eleito terá um legado que, embora pequeno, deverá ser comparado ao legado da OAB Forte, que então será visto, provavelmente, como mais amplo e positivo do que foi visto em 2015. Na eleição seguinte, sem meias palavras, será realidade contra realidade. Os eleitores terão parâmetros para comparar candidatos — para além das ideias e dos sonhos. A OAB Forte, se avaliar com descortino a campanha de 2015 e sem preocupar-se com a produção de um culpado (ou bode expiatório) — como Henrique Tibúrcio —, terá a chance de retomar o controle da Ordem. Há nomes de excelente qualidade — como Dyogo Crosara e o próprio Buonaduce. Entre outros.

Gilberto Kassab defende que o PSD deve lançar candidato a prefeito de Goiânia

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, esteve em Goiânia e disse que ficará feliz se o PSD lançar candidato a prefeito da capital. Sua tese: o partido tem de criar uma estrutura ampla para a disputa das eleições pra governador, deputado e senador em 2018. O ex-prefeito de São Paulo torce para que Vilmar Rocha (PSD) dispute mandato de senador. O PSD tem quatro pré-candidatos a prefeito de Goiânia: Vilmar Rocha, Thiago Peixoto, Francisco Júnior e Virmondes Cruvinel. Os dois últimos são os mais cotados.

Vianópolis registra um fenômeno: nenhum político consistente quer enfrentar o prefeito Issy Quinan

Uma das vitórias mais acachapantes das eleições de 2016 tende a ocorrer em Vianópolis. Issy Quinan é o prefeito mais bem avaliado de Goiás, superando o de Caldas Novas, Evandro Magal. Curiosamente, os dois são do PP. A situação está tão feia para as oposições que, até agora, ninguém consistente apareceu como pré-candidato com a ambição de enfrentar o jovem gestor. O advogado Sérgio Lucas costuma alertar que Issy Quinan brevemente será uma das apostas do PP para o governo de Goiás. Lucas frisa que se trata de um político decente e organizado. Com recursos parcos faz mais do que muitos prefeitos de municípios endinheirados.

Marcos Abrão aposta na vitória de Vanderlan Cardoso e afirma que ele está motivado

Do presidente do PPS em Goiás, Marcos Abrão: “O nosso pré-candidato a prefeito, Vanderlan Cardoso, do PSB está animado, articulando e trabalhando para fortalecer a aliança política. Nós sabemos que eleição só se ganha em cima da hora. Portanto, não se pode acreditar em favas contadas, em favoritos incontornáveis. Vanderlan tem a imagem positiva e cristalizada de que é um gestor eficiente. Quando a campanha começar, isto poderá ser realçado e, assim, poderemos ganhar”.

Professor Kelton Pinheiro, do PSB, é o favorito para a disputa da Prefeitura de Bonfinópolis

Pesquisas de intenção de voto indicam que o professor Kelton Pinheiro (PSB) deve ser eleito prefeito de Bonfinópolis, em 2016. O prefeito José Paulino (PSD), desgastado, dificilmente terá condições de fazer o sucessor. Aos 40 anos, Kelton é experiente: foi vereador duas vezes, presidente da Câmara, secretário da Educação e vice-prefeito. Na campanha, terá o apoio de Vanderlan Cardoso (PSB), da senadora Lucia Vânia (PSB) e do deputado Marcos Abrão (PPS). Nas festividades de seu aniversário compareceram: Lúcia Vânia, Vanderlan Cardoso, Marcos Abrão, Issy Quinan (prefeito de Vianópolis, do PP), Jefferon Louza (prefeito de Leopoldo de Bulhões, do PT) e cinco dos nove vereadores, como Pelé, Júnoir Amorim, Professor Wesley Firmino, e o ex-prefeito Antônio Musquito, presidente do PSDB local.

Lúcia Vânia articula no Entorno de Brasília e PSB pode eleger prefeito em Cristalina e e Santo Antônio

Em termos de fraqueza política, o PSDB e o PMDB são irmãos siameses no Entorno de Brasília. Enquanto os dois partidos brigam por quase nada e o PSD “derrete” — devido às gestões desastrosas de Cristóvão Tormin, em Luziânia, Luiz Carlos Attié, em Cristalina, e Itamar Barreto, em Formosa —, o PSB da senadora Lúcia Vânia tende a crescer no Entorno. Hoje, é uma ficção. Mas pode eleger Daniel do Sindicato, em Cristalina — um de seus grandes conquistas para o pleito deste ano —, e Padre Getúlio, em Santo Antônio do Descoberto. O segundo ainda não se filiou, mas está a caminho. As conquistas se devem a um trabalho exaustivo de convencimento da senadora, que tem credibilidade na região. Daniel do Sindicato e Padre Getúlio são favorito em seus municípios.

Misael Oliveira deve demitir duas irmãs de Vanderlan Cardoso no dia 31 de dezembro

Os familiares de Vanderlan Cardoso — entre eles duas irmãs, Lúcia Cardoso e Vanilda Cardoso — devem deixar a Prefeitura de Senador Canedo no dia 31 de dezembro. Embora o presidente do PSB de Goiânia esteja fazendo campanha cerrada contra o prefeito Misael Oliveira, Lúcia dirige o Ganha Tempo e Vanilda comanda a Diretoria de Assistência à Mulher. Elas serão exoneradas pelo líder do PDT junto com outros comissionados. Detalhe: trabalham, não só assinam ponto.

Vanderlan Cardoso, Adib Elias e Ernesto Roller se comportam como políticos provincianos

De um político do PMDB: “Vanderlan Cardoso, Adib Elias e Ernesto Roller saíram de Senador Canedo, de Catalão e de Formosa, mas as três cidades não saíram de dentro deles”. De fato, Vanderlan Cardoso, Adib Elias e Ernesto Roller são políticos paroquiais. Não conseguem viver longe de suas Paságardas.

Tião Caroço diz que não vai disputar a Prefeitura de Formosa. Mas não resiste a pressão de Marconi

Tião “Caroço” Monteiro disse ao Jornal Opção recenemente que não tem a intenção de disputar a Prefeitura de Formosa. Porém, como não rejeita um convite do governador Marconi Perillo, poderá, se conseguir aposentar-se a tempo, ser candidato. Pelo PSDB. Ele e Roller são “inimigos” políticos.

José Nelto diz que o prefeito de Alexânia pode disputar a reeleição

O deputado José Nelto diz que o prefeito de Alexânia, Ronaldo Queiroz, do PMDB, pode rever sua decisão anterior e disputar a reeleição. “Todos os prefeito estão em crise, mas Ronaldo é um gestor decente e inovador.” José Nelto afiança que o PMDB vai eleger prefeitos nas principais cidades de Goiás. “A começar de Goiânia e Aparecida de Goiânia”, afirma.

Trapalhada na elaboração do Código de Ética impede que Major Araújo seja penalizado com rigor

Uma trapalhada jurídica na elaboração do Código de Ética da Assembleia Legislativa — uma chicana —, atribuída ao deputado Humberto Aidar (PT), impediu que o deputado Major Araújo recebesse uma penalização mais rigorosa por desrespeitar as regras mínimas de convivência civilizada. Além de xingar o deputado Talles Barreto, com acusações graves e não provadas, Major Araújo jogou um tablet no colega, que, por sorte, não foi atingido. Teme-se que, da próxima vez, o deputado-militar saque uma arme e atire em algum parlamentar. Aí os trapalhões que criaram o Código de Ética da Assembleia Legislativa — um Código que nada decide — vão se arrepender da chicana que produziram. Major Araújo é um deputado atuante, mas parece fora do controle. Até colegas das oposições estão assustados com seus rompantes. “Tudo indica que quer ser o delegado Waldir das oposições”, ironiza um deputado estadual do PMDB. “Apoiamos a maioria de suas críticas, mas não seu comportamento agressivo, de alto risco.” Se adotar um comportamento construtivo, ainda que mantendo todas as críticas, podem sair fortalecido politicamente. Senão terá voo de pato.

Petistas prometem liberar saco de maldades contra Iris Rezende

Políticos do PT pretendem liberar, brevemente, algumas bombas de efeito retardado contra Iris Rezende. Eles frisam que, “mais do que atacar o drone, é preciso atingir aquele que os controla”. “Drone”, no caso, é o vice-prefeito Agenor Mariano, crítico visceral da gestão do prefeito Paulo Garcia, do PT. Quem o controla, na avalição de petistas, é Iris Rezende. Por isso os petistas vão disputar contra o peemedebista-chefe.

Edward Madureira não deve disputar Prefeitura de Goiânia e mandato de vereador

[caption id="attachment_31866" align="aligncenter" width="620"]Edward Madureira: brevemente, o ex-reitor da UFG deve ser um dos  destaques do governo federal | Foto: Dermeval Saviani / UFG Edward Madureira: brevemente, o ex-reitor da UFG deve ser um dos
destaques do governo federal | Foto: Dermeval Saviani / UFG[/caption] Tendência: como está bem numa secretaria do Ministério de Ciência e Tecnologia, o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira dificilmente vai disputar eleição em 2016. Seu projeto deve ficar para 2018, quando poderá disputar tanto o governo de Goiás quanto mandato de deputado federal. Edward Madureira esclarece que não vai disputar mandato de vereador em Goiânia. Ele está motivadíssimo com seu trabalho em Brasília. Com sua imensa capacidade de gerir, e a seriedade com que trata a coisa pública, Edward Madureira breve deve se destacar. Trata-se de um grande quadro político e técnico do país.

Bruno Peixoto acenou com money mas indiciamento na questão dos combustíveis deve retirá-lo do páreo

Quanto mais o deputado estadual Bruno Peixoto tenta se aproximar, com o objetivo de conquistar a vice, mais Iris Rezende fica desconfiado. Mas recentemente Bruno Peixoto acenou com um trunfo — money para a campanha — que poderá transformá-lo em vice de Iris Rezende em 2016. No momento, Bruno Peixoto trabalha nos bastidores para atropelar Agenor Mariano, o preferido de Iris Rezende. Porém, indiciado por envolvimento no cartel dos combustíveis — é dono de postos de combustível —, Bruno Peixoto está definitivamente fora do páreo, segundo iristas que frequentam o apartamento e não apenas o escritório de Iris Rezende.

O governador Marconi Perillo ganha destaque total na viagem à região Norte do país

O governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, visitou Acre, Amazonas e Rondônia, na semana passada, e mobilizou a imprensa e líderes políticos e empresariais. O político de 52 anos desperta curiosidade em todo o país. Os políticos da região Norte mencionaram suas quatro vitórias — três delas contra Iris Rezende — para governador, impressionados. Os cases de sucesso do governador Marconi Perillo são cada vez mais conhecidos fora de Goiás. A Bolsa Universitária, a Renda Cidade, o sucesso das organizações sociais na área de saúde, o novo Hospital de Urgências e o Crer são mencionados com fartura de informações. Há um interesse também pelo projeto de organizações sociais na Educação. Empresários de Rio Branco, capital do Acre, revelaram que inspiraram-se numa ideia do governador Marconi Perillo para criar o Conselho Empresarial, um simulacro do Fórum Empresarial de Goiás. Marconi Perillo foi recebido, em Rio Branco, pela diretoria da Federação da Indústria e Comércio do Acre. Ele fez uma concorrida palestra na sede da entidade.