Foi oficializada na terça-feira, 16, a criação do Instituto Nacional do Cerrado (INC), associação civil formada por 19 universidades e instituições de pesquisa ligadas ao bioma. A formalização ocorreu em reunião presidida pela reitora da Universidade de Brasília (UnB), Rozana Reigota Naves, com copresidência das reitoras da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima, e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Carlos Henrique de Carvalho.

O INC tem como objetivo articular, integrar e promover pesquisas científicas e tecnológicas voltadas ao desenvolvimento sustentável do Cerrado, enfrentando desafios como mudanças climáticas, degradação ambiental e a conciliação entre atividades econômicas e preservação dos ecossistemas. A entidade também atuará em áreas como bioeconomia, restauração ecológica e soluções baseadas na natureza.

Com sede provisória na UnB, o Instituto buscará a qualificação como organização social (OS) e a vinculação ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio de contrato de gestão, nos moldes de instituições como o IMPA e o INPO. O Cerrado, junto com o Pampa, é o único bioma brasileiro que ainda não possui uma unidade de pesquisa vinculada ao MCTI.

Na reunião, foi eleita uma Diretoria Executiva Provisória, com mandato de seis meses, composta por Mercedes Bustamante (UnB) como diretora-executiva e Laerte Guimarães Ferreira (UFG) como diretor administrativo-financeiro.

O Cerrado é o bioma mais ameaçado do país, com mais de 50% de sua vegetação original já removida, e é considerado um hotspot global de biodiversidade. O INC pretende consolidar parcerias entre pesquisadores, gestores públicos, produtores e comunidades locais para impulsionar o avanço científico, social e econômico da região.

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