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O IBGE apresentou nesta segunda-feira, 8, uma proposta inédita para mapear áreas verdes urbanas no Brasil, com Guarulhos (SP) e Palmas como áreas-teste, devido às diferenças regionais de clima, vegetação e formação urbana.

Segundo Manuela Mendonça de Alvarenga, responsável técnica da pesquisa, o projeto piloto visa avaliar uma metodologia que poderá ser aplicada futuramente em todo o país. “O estudo experimental permite testar a metodologia em contextos distintos e aprimorá-la com contribuições de pesquisadores e gestores”, disse.

A pesquisa utilizou a definição de áreas verdes urbanas do Código Florestal, abrangendo vegetação pública ou privada com destinação distinta de loteamentos e moradias. A classificação seguiu a proposta do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, incluindo parques, praças e canteiros. Para delimitar áreas urbanas, adotou-se o padrão internacional da ONU-Habitat, considerando densidade demográfica e população em áreas contínuas, combinando dados de cartografia colaborativa e imagens de satélite.

Em Guarulhos, foram mapeados 7.096,37 hectares de áreas verdes urbanas, 45% da área urbanizada no entorno de 800 metros do centro. Considerando apenas a área intraurbana, a cobertura cai para 6.036,73 hectares, ou 38% da mancha urbana. “Isso permite avaliar o impacto do entorno do centro urbano na composição das áreas verdes e nos serviços oferecidos à população”, explicou Manuela.

Em Palmas, o total de áreas verdes urbanas é de 5.137 hectares, representando 49,11% da área urbanizada com entorno de 800 metros do centro. Já a área intraurbana soma 977,99 hectares, cerca de 10% do total urbano. A redução se deve à presença de extensas matas ciliares de rios tributários do Tocantins, fora das áreas urbanizadas.

“O mapeamento foi pensado para ser simples e acessível, garantindo dados de qualidade para todo o país. Ele também poderá alimentar algoritmos de inteligência artificial para atualizações automatizadas no futuro”, completou Manuela.

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