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Israel recebeu uma lista do terceiro grupo de reféns a ser libertado em troca de prisioneiros palestinos neste domingo, um dia após o Hamas libertar 17 reféns. Segundo a Agence France-Presse, os nomes estão sendo verificados por autoridades de segurança israelenses e as famílias foram informadas. 

Sete semanas depois de serem capturados por militantes do Hamas durante um ataque a Israel, 13 israelenses e quatro tailandeses caminharam para a liberdade na noite de sábado – mas não antes de um atraso de última hora quase arruinar o acordo. 

O Hamas chegou a hesitar do acordo, alegando que Israel havia violado os termos de um acordo de cessar-fogo temporário. Depois de Catar e Egito ajudarem a resolver o problema de última hora, o Hamas disse que a troca de reféns estava de volta aos trilhos.

Os reféns juntam-se a outros 13 já libertados no primeiro dia de um acordo de cessar-fogo temporário entre Israel e o grupo islâmico. Em troca, Israel libertou 39 prisioneiros palestinos no primeiro dia e mais 39 no segundo. 

No ataque de 7 de outubro, quando o Hamas matou cerca de 1.200 pessoas, cerca de 240 reféns foram capturados, segundo Israel. Diversos destes são trabalhadores agrícolas tailandeses e outros estrangeiros. 

Segundo o governo de Israel, os 13 reféns israelenses libertados incluem sete crianças e seis adultos com idades compreendidas entre os 3 e os 67 anos. Entre eles estão 11 mulheres ou meninas e dois meninos. O Catar afirmaou que o grupo de 39 palestinos libertados no domingo é composto por mulheres e crianças.

Na preparação para uma resolução no sábado, o líder sênior do Hamas, Osama Hamdan, disse a um canal de notícias Libanês que existe um desacordo sobre a quantidade de ajuda humanitária que Israel permite chegar ao norte de Gaza, e este é o principal ponto de discórdia e a razão pelo atraso da liberação dos reféns. 

Outro ponto de desacordo foram supostos disparos de Israel contra palestinos na sexta-feira, durante o cessar-fogo. Os militares de Israel recusaram pedidos de comentários sobre o tiroteio feitos pela americana National Public Radio (NPR). O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou à NPR que Israel não violou o acordo.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) também relataram que militantes palestinos violaram o cessar-fogo apenas 15 minutos após sua decretação. À revista americana Newsweek, os militares relataram que interceptaram um foguete disparado em direção ao sul de Israel. Sirenes de foguetes soaram nas cidades evacuadas de Kissufim e Ein HaShlosha.

Em Gaza, a pausa nos combates abriu a porta para o território sitiado e controlado pelo Hamas receber alimentos, combustível e outros suprimentos necessários. Após semanas de bombardeios de aviões de guerra e forças terrestres israelenses, o isolamento pôde ser rompido. Com quase metade da população de Gaza, de 2,3 milhões de pessoas, deslocada para o sul, entretanto, a quantidade de suprimentos tem sido insuficiente, segundo militantes palestinos.