Goiás registra microexplosão durante tempestade com ventos extremos; entenda o fenômeno
26 novembro 2025 às 07h45

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O fenômeno registrado em Goiás entre terça e quarta-feira, 26, é conhecido como microexplosão, ou downburst, e ocorre quando uma forte corrente de ar frio desce rapidamente de uma nuvem de tempestade e atinge o solo com violência, espalhando-se em todas as direções. Esse movimento abrupto gera rajadas extremamente intensas, capazes de derrubar árvores, destelhar casas, danificar estruturas e lançar objetos à distância.
Embora muitas vezes seja confundido com um tornado, o mecanismo é diferente: no downburst, o vento desce da nuvem para o solo; no tornado, o ar circula de forma rotacional do solo para a nuvem. A duração do fenômeno costuma ser curta, mas os impactos podem ser severos e concentrados em áreas específicas.
Em Goiás, episódios desse tipo já foram documentados em diferentes regiões do estado. Um dos registros conhecidos ocorreu em Goiânia, onde rajadas associadas a uma microexplosão provocaram estragos significativos em bairros da capital, como queda de árvores e danos a telhados. Outro evento foi catalogado em Caldas Novas, com relatos de postes derrubados, casas destelhadas e prejuízos ao comércio local. Esses casos mostram que o estado está sujeito a tempestades convectivas com potencial para gerar ventos extremamente fortes, especialmente nos meses mais quentes e úmidos.
O temporal que atinge Goiás agora reforça essa condição. As áreas sob alerta incluem municípios do leste, norte e noroeste, como Água Fria de Goiás, Novo Planalto, Uruaçu e Formosa, onde o Inmet prevê chuvas de até 100 milímetros por dia, ventos que podem atingir 100 km/h e risco de granizo — combinação típica de tempestades capazes de produzir downburst. A Defesa Civil orienta que a população busque abrigo, evite áreas abertas durante as rajadas e redobre a atenção com estruturas vulneráveis, já que o fenômeno pode se formar rapidamente e causar danos em poucos minutos.
Estragos em Rio Verde
O temporal com volume que atingiu 59,6 mm — e rajadas de vento que chegaram a cerca de 91,8 Km/h que atingiram a cidade de Rio Verde, provocou alagamentos, quedas de aproximadamente 100 árvores entre outros danos estruturais. Os moradores da cidade ficaram atendimentos em 14 unidades de saúde e também sem conseguir falar no 192 do Samu.
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