Caiado rebate levantamento que aponta Goiás como estado com mais laboratórios de cocaína
07 novembro 2025 às 12h23

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*Com informações de João Reynol
O governador Ronaldo Caiado (UB) rebateu nesta quinta-feira, 7, o levantamento “Floresta do Pó”, que apontaria Goiás como o estado com o maior número de laboratórios de cocaína. Segundo ele, os dados do Instituto Fogo Cruzado, que indicam a existência de 125 laboratórios clandestinos, “tentam desqualificar” o trabalho das forças de segurança goianas e não correspondem à realidade do estado.
“Isso aí é um instituto que tenta desqualificar os estados hoje”, disse Caiado em entrevista coletiva. “O refino de cocaína é feito em grandes proporções, principalmente na Amazônia, que está toda ocupada pelo PCC e pelo Comando Vermelho. É claro que existem algumas ações descobertas aqui, de fundo de quintal, nos fundos de casa, onde as pessoas tentam fazer o refino da cocaína”, acrescentou.
Caiado ainda ressaltou que as ações descobertas em Goiás envolvem laboratórios em nível “artesanal”. “São mais artesanais, não existe aqui aquela estrutura montada em grandes proporções, como se vê na Amazônia. Trata-se de algo pequeno, que está sendo constantemente investigado, e, a cada momento, esses responsáveis estão sendo presos”, afirmou.
A fala foi realizada durante o 1º Fórum Militar Nacional de Policiamento Especializado, com foco na integração das forças de segurança pública do Brasil. Ao todo, participam mais de 100 policiais militares, representando 50 tropas de PMs de 21 estados da União.
Levantamento “Floresta do Pó”
O levantamento “Floresta do Pó”, realizado pelo Instituto Fogo Cruzado em parceria com a Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas e outras entidades, aponta que Goiás concentra 125 laboratórios clandestinos de cocaína, o maior número do país. O total é quase 200% superior ao do Amazonas, que aparece em segundo lugar, com 42 estruturas.
O estudo identificou 550 laboratórios clandestinos no Brasil, com base em dados das forças de segurança estaduais e federais, além de informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). As unidades foram classificadas de acordo com sua função, refino ou adulteração, e com a escala de produção, em níveis de atacado ou varejo.
Leia também: Com maior número do país, Goiás abriga mais de 120 laboratórios clandestinos de cocaína
