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Os bloqueios na BR-153 e GO-010 por caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) já afetam o abastecimento de postos de combustíveis, além de supermercados, em Gameleira de Goiás. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o vice-presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM) e também prefeito da cidade, Wilson Tavares (União Brasil), critica que as intervenções atrapalham o acesso ao município.

Além disso, ele alerta que se a manifestação continuar a cidade pode sofrer cortes de serviços públicos. “Estamos numa época de muito consumo, devido ao plantio. E se não normalizar teremos de tomar medidas drásticas como paralisar os ônibus escolares e as escolas. Estamos com falta de suprimentos para tocar essas atividades. O fechamento dessas rodovias podem impactar diretamente a vida de todos os munícipes”, prevê.

Além de Gameleira de Goiás, o Brasil sofre com o mesmo problema. Em nota ao UOL, a Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes) disse que aguarda a liberação das estradas pelos caminhoneiros o mais breve possível, “em prol do restabelecimento da normalidade do abastecimento nacional”.

“O direito à manifestação não pode estar à frente do bom senso, podendo causar prejuízos à economia do país e à liberdade de ir e vir dos cidadãos que estão em trânsito”, acrescentou.
Segundo a entidade, não há desabastecimento nacional, mas alguns estados específicos relataram falta de produto.

O presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), João Galassi, pediu apoio ao presidente Jair Bolsonaro para lidar com as dificuldades de abastecimento “que já começam a enfrentar os supermercadistas em função da paralisação dos caminhoneiros nas estradas do país”.