O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindcoletivo) deflagrou uma greve para esta próxima sexta-feira, 27, seguindo negociações frustradas entre a classe e a Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC) e a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC). A decisão foi proferida durante uma assembleia do sindicato neste último domingo, 22 

Para o Jornal Opção, o Subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte, Miguel Ângelo, afirma que acompanha as negociações e lamenta a possibilidade de uma paralisação. “Estamos acompanhando as negociações mas ainda não recebemos a comunicação oficial do sindicato quanto a deflagração da greve. Lamentamos a possibilidade de haver paralisação mas acreditamos que as partes possam buscar um acordo antes do dia 27.” 

Em comunicado, a associação pede um reajuste de 20% do salário dos trabalhadores mais uma correção de 25% do vale-alimentação, enquanto isso, a associação informa que foi oferecido à classe um reajuste de apenas 5,7%. “Não podemos aceitar que a gente receba um reajuste menor que o salário mínimo”, afirmou um representante da associação durante a deflagração da greve.   

Além disso, a empresa teria se ausentado de comparecer em uma reunião entre as partes mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho, o que teria agravado a situação. Vale lembrar que dia 27 começa oficialmente o período de peregrinação da Romaria do Pai Eterno de Trindade, época que aumenta o fluxo de turistas religiosos em torno da Região Metropolitana de Goiânia.

A equipe de reportagem procurou ouvir as empresas quanto à possibilidade da paralisação, mas informam que não irão se posicionar quanto a greve. 

Em nota, a Metrobus Transporte Coletivo S/A informou que acompanha as tratativas. Veja abaixo na íntegra.

A Metrobus informa que acompanha com atenção as negociações entre as partes ora em curso entre o SindColetivo (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana) e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goiânia – SET, entidades responsáveis pelas tratativas relativas à convenção coletiva de trabalho.

A empresa reforça seu compromisso com a oferta de qualidade do transporte coletivo e aguarda que haja uma definição positiva da negociação entre as partes, evitando impactos à população que utiliza o sistema.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Goiânia e região Metropolitana (SET) informa que pretende continuar com a negociações e que as paralisações podem impactar o serviço prestado ao usuário.

O Sindicato das Empresas de Transporte Público de Goiânia e região Metropolitana (SET), informa que tomou conhecimento pela imprensa sobre o indicativo de greve do Sindcoletivo.

O SET reafirma o interesse em continuar as negociações na busca de uma solução. Além disso, entende
que qualquer tipo de paralisação no transporte público vai prejudicar diretamente o usuário do
serviço. E, portanto, não vê neste o melhor caminho.

É importante lembrar que nos dois últimos anos as empresas concederam ganhos reais significativos
para a categoria. E que, mesmo neste ano, um ano desafiador por conta dos altos investimentos na
qualidade do transporte, – com frota 100% nova, reformas de estacoes e terminais, pontos de parada
entre outros – se propôs a conceder reajuste com ganho real, acima da inflação.

Haverá uma reunião para mediação deste caso esta semana no Tribunal Regional do Trabalho (TRT)
onde o SET espera que tudo isso seja considerado e que se possa chegar a um acordo para impedir
qualquer paralisação.

O SET permanece à disposição para qualquer esclarecimento.

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