Mabel apresenta novo trajeto do Anel Viário, abrangendo Hidrolândia, Aparecida, Goiânia e Senador Canedo

24 junho 2025 às 10h37

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O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), se reuniu com vereadores, prefeitos, deputados federais e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) para apresentar o projeto do Anel Viário à Capital, obra que estava na mente de muitos gestores goianienses há mais de uma década. Durante a reunião a portas fechadas no Paço Municipal, os líderes discutiram a viabilização da obra junto com o financiamento federal, que é projetada em quase R$ 1 bilhão.
Segundo o desenho elaborado pela concessionária Triunfo Concebra, a nova rodovia deve originar do trecho de Hidrolândia da BR-153 e contornar o município de Goiânia, percorrer Aparecida de Goiânia, Goiânia e Senador Canedo até desembocar novamente na mesma avenida nas proximidades de Goianápolis. Assim como as obras rodoviárias mais recentes, o trajeto deve ser pavimentado com Pavimento Rígido de Concreto.
De acordo com Mabel, o desvio deve desafogar o trânsito da malha viária que corta a Capital. Para isso, o projeto estaria já em uma etapa avançada com um possível aval da DNIT no horizonte. “Nós vamos entrar firme com todas as aprovações e licenciamentos. Vamos pedir ao vice-governador Daniel para que possa fazer uma força-tarefa para se terminar esse licenciamento, ele está feito, só precisa atualizar”. Além de alinhar estratégias, a reunião com representantes dos municípios veio para viabilizar a desapropriação do terreno.
Ao todo, o percurso tem um extensão de 44 quilômetros de pista dupla e conta com 10 pontes, 35 viadutos, 11 intercessões e 11 passagens sem conexão. De acordo com o desenho, a obra incide sobre quatro municípios: Hidrolândia, Aparecida de Goiânia, Goiânia e Senador Canedo.
O desenho atual tem uma previsão de orçamento no valor de R$ 948 milhões, um valor inferior ao original com a troca do material usado na pavimentação. Segundo Murilo, o uso do pavimento rígido levou a uma economia de aproximadamente $ 180 milhões, cerca de 15% do orçamento original.
Enquanto isso, a expectativa do financiamento da obra deve vir a partir de recursos federais a partir de uma articulação entre o Ministério dos Transporte, do ministro Renan Filho (MDB) e na Câmara dos Deputados por meio de emendas parlamentares, por meio da relatoria de Nelto, escolhido pelo presidente da bancada do UB, deputado Pedro Lucas, para ser o relator setorial de projetos de infraestrutura para os Ministério dos Transportes, Ministério de Portos e Aeroportos e Ministério das Minas e Energias.
O projeto original vinha desde 2014 quando a concessionária Triunfo Concebra foi imposta para desenhar o projeto, na época o desejo era que o percurso contornava toda a Capital para percorrer os municípios da Região Metropolitana, a fim de diminuir a dependência do escoamento de produtos sobre a BR-153.
Contudo, a obra não foi elaborada e o projeto entrou em caducidade, sendo retomado em 2021 pela articulação dos líderes regionais que apresentaram um esboço. Naquela ocasião, o esboço de 2014 foi criticado pelo então presidente da Goinfra, Pedro Sales, que cobrou a reelaboração do projeto para representar os interesses do Estado e dos Municípios.
Das autoridades presentes, estavam o vice-governador, Daniel Vilela, o prefeito de Aparecida, Leandro Vilela, ambos do MDB, o prefeito de Hidrolândia e presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), José Délio (UB). Além disso, o encontro contou com vereadores de Goiânia e os deputados federais Rubens Otoni (PT) e José Nelto (UB). Da mesma forma, contou com o Superintendente regional da DNIT, Flávio Murilo.