Licitação da Comurg é prova de ineficiência, dizem vereadores

08 março 2023 às 13h54

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A ideia de privatizar a Comurg é ventilada no Paço desde que o Republicanos passou a dar as cartas na gestão municipal, após a morte do então prefeito eleito Maguito Vilela (MDB), em 13 de janeiro. Na manhã dessa terça-feira, 7, a gestão de Rogério Cruz deu mais um paço nessa direção. A Prefeitura de Goiânia publicou edital para contratação de empresa de prestação de serviços de coleta de resíduos sólidos, coleta seletiva, remoção de entulhos, varrição mecanizada e de serviços operacionais do Aterro Sanitário – serviço que atualmente é executado pela Comurg.
A decisão de terceirizar parte dos serviços de limpeza de Goiânia pegou de surpresa o vereadores de Goiânia. Ronilson Reis (PMB) afirmou que a publicação do edital é uma prova de que a companhia não consegue prestar serviços para a população da capital. “Está comprovado que a Comurg não realizava as atividades. Para mim, a realização de uma licitação é um atestado de ineficiência”, explicou.
O parlamentar ainda aproveitou para cobrar a Prefeitura a respeito dos serviços prestados pelo órgão municipal. Entre as atividades listadas no edital para a terceirização estão a coleta de resíduos sólidos, coleta seletiva, remoção de entulhos, varrição mecanizada e de serviços operacionais do Aterro Sanitário.
Apesar de optar em falar pouco do assunto, alegando estar se atualizando acerca dos detalhes do documento, o presidente da Câmara, Romário Policarpo, ressaltou que a atual situação do órgão é insustentável. “O que eu posso dizer é que temos o lixo mais caro do Brasil, a Comurg gasta quase R$ 40 milhões por mês para a execução”, pontuou.
Para o presidente da Casa, em sua visão, o serviço pode ser feito de uma forma mais barata. Ele ressaltou que não adianta a contratação de uma empresa terceirizada se continuar com a fila de pagamento. Também questionando a Prefeitura a respeito da realocação dos funcionários no órgão.
O vereador Lucas Kitão (PSD) também recebeu a notícia com “espanto”. No mesmo sentido que Ronilson, ele também considera a medida um “atestado de incompetência da gestão”.
“Ao que parece, a licitação é um sinal que a Prefeitura deseja acabar com a Comurg”, apontou o vereador. “Pode ser um retrocesso e nós vamos descobrir isso com o andamento da CEI. Atualmente o órgão não dando conta de fazer o trabalho e gastando acima da média do Brasil”, completou.
Valores do edital
Segundo o edital, os contratos possuem validade de dois anos e custarão ao Tesouro Municipal cerca de R$ 25,5 milhões por mês, ou R$ 616 milhões. A parte da varrição mecanizada é a mais cara, de R$ 21,7 milhões mensais, o que representa R$ 520,8 milhões durante a vigência do contrato. Já a gestão do aterro sanitário deve ficar em torno de R$ 4 milhões por mês, ou de R$ 97,4 milhões nos dois anos.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) atualmente é o órgão municipal que detém atribuição legal para realizar a gestão pública e ambiental dos resíduos sólidos urbanos em Goiânia. Foi a pasta que divulgou a licitação com previsão para ser realizada no dia 5 de maio de 2023. Segundo a Prefeitura, o contrato de concessão da Comurg foi feito em caráter emergencial em 2021 e 2022, e renovado em 2023, até que se realize a licitação dos serviços, que já eram terceirizados pela companhia.
Privatização da Comurg
A ideia de privatizar a Comurg é ventilada no Paço desde que o Republicanos passou a dar as cartas na gestão municipal, após a morte do então prefeito eleito Maguito Vilela (MDB), em 13 de janeiro. Na manhã dessa terça-feira, 7, a gestão de Rogério Cruz deu mais um paço nessa direção. A Prefeitura de Goiânia publicou edital para contratação de empresa de prestação de serviços de coleta de resíduos sólidos, coleta seletiva, remoção de entulhos, varrição mecanizada e de serviços operacionais do Aterro Sanitário – serviço que atualmente é executado pela Comurg.
A decisão de terceirizar parte dos serviços de limpeza de Goiânia pegou de surpresa o vereadores de Goiânia. Ronilson Reis (PMB), a publicação do edital é uma prova de que a companhia não consegue prestar serviços para a população da capital. “Está comprovado que a Comurg não realizava as atividades. Para mim, a realização de uma licitação é um atestado de ineficiência”, explicou.
O parlamentar ainda aproveitou para cobrar a Prefeitura a respeito dos serviços prestados pelo órgão municipal. Entre as atividades listadas no edital para a terceirização estão a coleta de resíduos sólidos, coleta seletiva, remoção de entulhos, varrição mecanizada e de serviços operacionais do Aterro Sanitário.