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O vereador Ronilson Reis (Agir) deve protocolar no fim de janeiro de 2023 na Câmara Municipal de Goiânia o pedido de abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar dívidas e possíveis irregularidades na administração da Companhia Municipal de Urbanização (Comurg). A companhia é alvo de denúncias de irregularidades no pagamento de fornecedores e gratificações, fraudes em licitação, aumento exponencial de funcionários comissionados e super salários. O parlamentar iniciou a coleta de assinaturas para protocolar o pedido na quarta-feira, 28.

“Temos a aceitação de boa parte dos vereadores, e as assinaturas suficientes. Trata-se de uma investigação urgente, com fundamentação e indícios fortes de improbidade administrativa e desvio de dinheiro público”, afirma Ronilson.

Em uma crítica contundente à gestão administrativa, Policarpo reclamou da forma como a Comurg era conduzida pelos gestores. “Agora, empresa não é para fazer farra do boi. É para ser gerida com responsabilidade. Empresa não é para ser gerida por amigos. Trouxeram um monte de gente lá do Rio Grande do Norte que não sabem onde é a Avenida Goiás e Avenida Anhanguera. Mal sabiam onde era a Prefeitura de Goiânia e eu acho que não sabiam o nome do prefeito eleito de Goiânia.”

Por fim, atribuiu aos contratos realizados um dos principais motivos para a má gestão da companhia. “Arrebentaram com a Comurg quando inventaram de fazer inúmeros contratos com diversas secretarias fazendo com que as despesas da Comurg não fossem pagas em dia. Agora querem culpar a Câmara Municipal pela incompetência administrativas por esses gestores? Essa Casa não será culpada por incompetência administrativa da Prefeitura”, destacou.

Denúncia

A abertura da CEI aconteceu após uma denúncia apresentada por e-mail, em setembro deste ano, endereçada à Presidência da Câmara Municipal de Goiânia. O arquivo relatou possíveis irregularidades, como aumento de funcionários comissionados, de 33 para mais de 350 cargos, possíveis fraudes em pagamento de fornecedores e licitações, além de pagamento de gratificação e supersalários.

Neste mês de dezembro a denúncia foi reiterada para informar que o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (IMAS) não recebia os repasses dos servidores desde janeiro de 2022.