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A Câmara Municipal de Goiânia realizou, nesta terça-feira, 25, a primeira sessão da Comissão Especial de Inquérito (CEI) criada para investigar a situação dos fios soltos na capital. O colegiado recebeu o nome de CEI do Fio Solto de Nathaly Nascimento em homenagem à jovem de 17 anos que morreu eletrocutada após encostar em uma fiação irregular no último dia 23 de setembro.

A comissão foi aberta por iniciativa do vereador Coronel Urzêda (PL), que alertou para o risco representado pelas redes irregulares de energia e telecomunicação espalhadas pela cidade. Segundo ele, o problema configura um “verdadeiro ninho de guacho” e exige ação conjunta do poder público e das empresas que utilizam a infraestrutura elétrica.

Composição e funcionamento da CEI

A CEI é formada pelos vereadores:

Sargento Novandir (MDB)

Tião Peixoto (PSDB)

Markim Goya (PRD)

Coronel Urzêda (PL)

Geverson Abel (Republicanos)

Daniela da Gilka (PRTB)

Léo José (Solidariedade)

Lucas Vergílio (MDB)

Indicado pelos blocos partidários, o grupo terá prazo de 120 dias para concluir os trabalhos e produzir um relatório com sugestões e responsabilizações. As reuniões ordinárias ocorrerão às quartas-feiras, às 14h.

Na primeira sessão foram definidos os cargos da mesa diretora:

Presidente: Coronel Urzêda

Vice-presidente: Daniela da Gilka

Relator: Geverson Abel

Também houve leitura do regimento interno e aprovação da mudança no nome da CEI para incluir a homenagem à jovem Nathaly Nascimento.

Discussões iniciais e possíveis medidas

De acordo com Urzêda, a comissão deve trabalhar em parceria com a Agência de Regulação de Goiânia (AR), a Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic) e concessionárias de energia e telecomunicação, buscando soluções estruturais e responsabilização das empresas que deixam cabos inutilizados pendurados nos postes.

O vereador também defendeu que Goiânia avance para a implantação de redes subterrâneas, começando pelo Centro, em paralelo aos projetos de revitalização urbana. “Vamos sugerir ao prefeito que iniciemos a instalação de cabos subterrâneos — mesmo que de forma gradual”, afirmou.

Os parlamentares reforçaram que os fios soltos representam risco à segurança pública e contribuem para a poluição visual da cidade. A vereadora Daniela da Gilka destacou que já existe legislação para o ordenamento das redes — como a Lei Municipal nº 9.785/2016 — e que falta fiscalização. “O que não falta é lei; o que falta é fazer cumprir”, pontuou.

Próximos passos

O relator, vereador Geverson Abel, apresentará o plano de trabalho que definirá as primeiras diligências e convocações da CEI. “Vamos apurar tudo, identificar os responsáveis e trazer soluções para Goiânia”, declarou.