Após oito meses, líderes comunitários se reúnem com Mabel e cobram promessas de campanha

06 agosto 2025 às 14h12

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Após quase oito meses de tentativas, o movimento dos líderes comunitários se reuniu com o prefeito Sandro Mabel (UB) para discutir promessas de campanha elencadas na época da pré-campanha. Em entrevista ao Jornal Opção, o líder comunitário da Região Noroeste e ex-vereador por Goiânia, Professor Alonso de Oliveira, afirma que a classe foi essencial para assegurar a vitória do prefeito nas eleições de 2024 e demanda que as pautas comunitárias sejam tratadas com “respeito”.
Segundo o líder, Mabel teria reconhecido que a organização do movimento comunitário fez “grande diferença nas urnas”, mas afirma que o mesmo não cumpriu com as promessas feitas, apresentando pontos negativos da gestão acima dos pontos positivos. Além das demandas antigas, o grupo apresentou novos pedidos à gestão, como a implantação de um cemitério popular e cartório na Região Noroeste.
Para Alfonso, os líderes comunitários merecem “respeito” no tratamento, algo que Mabel teria rompido com a falta de agenda e de um canal direto com o prefeito Mabel. “Nós cobramos do prefeito que ele desse um tratamento respeitoso e de igual forma que ele tem dado para outros grupos dentro da cidade de Goiânia — o movimento comunitário foi um parceiro importante no processo eleitoral desde a pré-campanha.”
Promessas de campanha
Uma das promessas feitas para as regiões periféricas é a criação de sub-prefeitura nas diversas regiões de Goiânia para aumentar o alcance da administração pública sobre as regiões menos assistidas. Essa seria uma demanda central que permitira a viabilização de outras ações do poder público, como atividades de zeladoria como: limpeza, atividade de substituição de lâmpadas queimadas e retirada de entulho.
Outra demanda contenciosa é a criação de secretaria, ou superintendência, para assuntos comunitários, uma das promessas cumpridas pelo Mabel, que, contudo, parece ter transgredido um acordo prévio entre as associações comunitárias e a gestão em nomear o ex-vereador em reeleição Paulo Magalhães para a recém-criada pasta.
Em entrevista, Alonso reafirma a “traição” ao movimento com a nomeação pelo líder não representar a classe e os interesses do grupo. “O movimento comunitário não aceita ser leiloado. Ele não aceita se passar como corretores. A gente não aceita [conversar com] intermediário. O movimento comunitário construiu uma ligação direta com o prefeito e não aceita tratativas a não ser com o prefeito.”
Novas demandas
Também foi apresentado ao gestor novas cobranças além das promessas feitas durante a campanha de Mabel por meio de um relatório das obras paralisadas e um balanço de nove unidades de saúde municipais. Segundo a avaliação de Alonso, as unidades possuem falta de insumos, medicamentos e equipamentos, enquanto outras clínicas visitadas foi constatado a ausência de telefone, papel chames, e algumas unidades estão com estrutura física em estado “degradantes”.
Além disso, afirma que outras demandas foram entregues por meio de um relatório da avaliação da gestão pelo grupo. “Nós entregamos um o relatório de assembleia do movimento comunitário regiões de Goiânia com a população onde foram levantados de diversos pontos negativos e pontos positivos da gestão. Mas, os pontos negativos superaram os pontos positivos.”
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