COMPARTILHAR

Um comentarista do canal Combate está certo: Alex Poatan nasceu para derrotar e ser o carrasco de Israel Adesanya.

Dos quatro primeiros rounds, Adesanya venceu pelo menos três. Lutou muito bem, escapando da pegada mortal de Poatan. Quando o brasileiro atacava com mais vigor, o nigeriano buscava a luta agarrada ou ia para o chão, com receio do boxe do oponente. Por sinal, quase nocauteou o brasileiro.

Alex Poatan: a vitória da força física, da inteligência e da persistência | Foto: Divulgação

Tudo indicava que Adesanya venceria Poatan por pontos. Porém, no último round, o quinto, Poatan, por assim dizer, renasceu e nocauteou Adesanya.

Um comentarista disse que o árbitro poderia ter esperado um pouco mais. Bobagem. Adesanya estava nocauteado, “caído em pé”, digamos. Se o árbitro não parasse a luta, ante a pegada letal de Poatan, seu adversário poderia sair bastante ferido. O árbitro na verdade o protegeu da fúria do guerreiro patropi.

Adesanya descuidou-se? Na verdade, não. Poatan cercou-o, de todas as maneiras, e não permitiu que sequer respirasse direito. O brasileiro parece que iniciou ou reiniciou a luta no último round.

Os dois lutaram muito bem. Entretanto, antes do quinto round, Poatan lutava dentro do jogo de Adesanya. Só no fim é que Adesanya jogou pelo sistema do nocauteador Poatan, e por isso acabou dançando. Tentou guardar distância, mas não conseguiu. Poatan foi implacável. É o novo campeão do peso médio — com amplos méritos.

As lutas do UFC andavam frias, desmotivadas. Poatan deu certo brilho à luta da madrugada de sábado para domingo.

(Uma curiosidade: Poatan disse, antes da luta, que havia “entrado” na cabeça de Adesanya. Ou seja, o nigeriano temia perder para o brasileiro pela terceira vez. E, de fato, acabou perdendo.)