Entenda o que pode acontecer com Lucas Paquetá, acusado de manipular apostas

05 junho 2024 às 08h31

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O jogador de futebol Lucas Paquetá, meia do inglês West Ham e da seleção brasileira, é suspeito de manipular apostas em quatro partidas da Premiere League entre novembro de 2022 e agosto de 2023. O jogador é acusado de ter forçado cartões amarelos em quatro partidas do West Ham contra Leicester, Aston Villa, Leeds e Bournemouth. A informação veio à tona por publicação do jornal The Sun, embasada em documento com mais de 2 mil páginas apresentado pela Federação Inglesa.
Agora, Lucas Paquetá ganhou tempo para formalizar sua defesa. Os pedidos de seus advogados foram atendidos pelo Comitê Independente que avalia o caso na solicitação de adiamento do prazo, que se encerrava nesta segunda-feira, 3. Uma nova data-limite não foi indicada.
O ridículo da coisa
Cerca de 60 apostas nos cartões amarelos supostamente forçados por Paquetá foram feitas da Ilha de Paquetá, local no Rio de Janeiro onde o jogador de 26 anos nasceu. A Betway, empresa onde as apostas foram feitas, alertou autoridades britânicas sobre o “número incomum” de apostas. A Betway também é a principal patrocinadora do West Ham, equipe atual de Lucas Paquetá.
Consequências
A Football Association (FA), associação que comanda o West Ham, sugere que Lucas Paquetá seja banido “para sempre” caso seja considerado culpado. Se a Federação Inglesa pedir a internacionalização da decisão à Federação Internacional de Futebol (Fifa), a pena poderia ser aplicada em outros países, levando o jogador ao banimento também do futebol brasileiro. Enquanto não houver julgamento, Paquetá tem o direito de continuar jogando normalmente.
Em Goiás
O caso de Lucas Paquetá se assemelha ao levantado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) em julho de 2023. O MPGO denunciou quadrilha como responsável pela manipulação de resultados em jogos de futebol no campeonato goiano na Operação Penalidade Máxima.
A Máfia das Apostas, como ficou conhecida, era composta por apostadores e sete jogadores: Dadá Belmonte, do América (MG); Alef Manga, do Coritiba; Igor Cárius, do Sport; Jesus Trindade, ex-Coritiba; Pedrinho, ex-Athetico; Sidcley, ex-Cuiabá; e Thonny Anderson, ex-Coritiba. Para cooptar os jogadores, os apostadores entravam em contato com os atletas e ofereciam parte do valor adiantado. De acordo com a denúncia, as ofertas variavam entre R$ 50 e R$ 100 mil.
Além dos atletas, outas oito pessoas também foram citadas pelo MP e, caso a Justiça aceite a denúncia, podem se tornar réus. São eles: Bruno Lopez, o BL, apontado como líder da quadrilha; o empresário Cleber Vinicius Rocha Antunes, o Clebinho Fera; Ícaro Calixto; Luís Felipe Rodrigues de Castro; Romário Hugo dos Santos; Thiago Chambó e Victor Yamasaki Fernandes.