Copa do Mundo: “kit torcedor” chega a custar até o dobro por conta da inflação

07 novembro 2022 às 14h49

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Em comparação à última edição, em 2018, o preço dos itens mais consumidos pelos torcedores brasileiros durante a Copa do Mundo chegou a registrar alta de até 100%. Levantamento produzido pela empresa de mercado financeiro XP mostra que pacote de figurinhas, carnes e camisa da seleção foram os mais afetados pela inflação.
Agora, o torcedor que planeja fazer churrasco para assistir a um jogo terá que pagar cerca de 80% a mais na carne e 24% a mais na bebida do que em 2018.
“A alta da carne está associada a maior demanda global, elevação dos custos de grãos e queda da área de pastagens com a crise hídrica de 2020 e 2021. Cervejas e refrigerantes, em paralelo, tiveram alta relevante de custos, especialmente de embalagens, com cotação em dólares”, explica Vanessa Thomé, líder regional da XP no Centro-Oeste.
Conforme números do IBGE, do Banco Central, da Nike, da Panini e da XP, cerveja, televisores e álbum da Copa também registraram aumento de dois dígitos desde 2018.
Para os que costumam preencher o álbum da Copa, o preço pode assustar: de R$ 2,60 em 2018, os consumidores passaram a pagar R$ 4, um aumento de 100%. Já o álbum oficial subiu 16,5%.
A alta no valor do televisor, de 16,8%, pode ser explicado pelo aumento da demanda durante a pandemia. A camisa da seleção, que passou de R$ 229,90 para R$ 349,90 é resultado de desajustes nas cadeias que fornecem matéria prima para o setor de vestuário, forçando o repasse do aumento de custos para os consumidores.
Além dos torcedores caseiros, existem os que preferem acompanhar os jogos em um bar, por exemplo. Nesse caso, o gasto é de cerca de 15% a mais para comprar cerveja e 20% para água e refrigerante. “A inflação é levemente menor em comparação à compra no supermercado, mas vale lembrar que, na média, consumir fora do domicílio é 15% mais caro”, reforça a executiva.