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Com mais de quatro décadas de serviço público, a prefeita de Itaberaí, Rita de Cássia (UB), chega à metade de seu segundo mandato consecutivo à frente do Executivo municipal com uma extensa lista de entregas — entre elas, 70 obras realizadas em quatro anos, a reabertura do hospital municipal e a recuperação do prédio da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que esteve prestes a fechar. 

Em entrevista ao Jornal Opção, Rita de Cássia fala sobre as metas da nova gestão, os avanços nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e habitação, além da relação com o Legislativo local e o trabalho em parceria com os governos estadual e federal.

Rita de Cássia também comenta sua trajetória política, que começou aos 15 anos, e relembra os desafios de ser a primeira mulher a administrar a cidade, em 2001. Com discurso firme, mas tom conciliador, ela se diz otimista com o futuro e aberta a novos caminhos: “Se o governador disser que precisa de mim como deputada, é um caso a se pensar. Mas, por enquanto, meu plano é concluir meu mandato e entregar tudo o que prometi à população”, afirma.

Italo Wolff — A senhora foi reeleita com 95% dos votos em 2024. Ao que atribui esse alto índice de aprovação?

Eu acredito que é resultado de trabalho. Sempre converso com a nossa equipe de gestão: se estão nos elogiando, a resposta é continuar trabalhando; se estão nos criticando, é trabalhar dobrado. Acredito que essa aprovação vem da transparência, da dedicação e de uma vida inteira de serviço prestado à nossa comunidade.

Tenho 58 anos e, desses, 42 foram como servidora pública do município de Itaberaí. Eu era funcionária efetiva e hoje sou aposentada da administração da prefeitura. Sempre atuei na área social, na saúde, em tudo que fosse necessário. Onde precisavam de mim, eu estava presente. Por isso, conheço o funcionamento da máquina pública por dentro.

Quando eu tinha 15 anos, minha festa de aniversário foi substituída pela campanha do meu pai, Carlos Dias Mendonça, o Tico, que foi candidato a prefeito em 1982. Naquela época, as campanhas eram muito artesanais, e Itaberaí era bem menor. Eu comecei indo de porta em porta, visitando as casas e pedindo votos para meu pai. Essa foi minha entrada na política.

Aos poucos, fui conhecendo a realidade do povo, e o povo foi me conhecendo. Fui me sentindo feliz por estar nesse ambiente, podendo manter contato direto com a população, enxergar as necessidades e já começar a atender.

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Rita De Cássia: “Acredito que cada um nasce com uma missão, e a minha é cuidar do povo. Tenho isso como propósito de vida” | Foto: Guilherme Alves/ Jornal Opção

Italo Wolff — A senhora foi eleita pela primeira vez no ano de 2000, administrando a cidade de 2001 a 2004. Depois de 20 anos, voltou. Como compara as duas experiências?

No início, eu, como mulher e filha de um ex-prefeito, sofri muita discriminação. Ninguém acreditava no potencial de uma mulher jovem, solteira, para administrar uma cidade. Diziam: “Ah, ela vai ser laranja do pai dela”, ou “Ela não tem vida própria, quem vai mandar nela?”.

Sempre fui fã incondicional do meu pai, o Tico, e acredito que herdei esse legado dele. Mas tenho identidade própria. Eu e meu pai tínhamos embates para que as decisões fossem, de fato, minhas. Fui mostrando ao povo que eu sabia o que queria e qual era o meu objetivo.

Lembro da ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, que diz que nós, mulheres, somos 62% do eleitorado brasileiro, somos a maioria entre as nascidas vivas, mas, na hora de ocupar cargos, somos minoria. Hoje, dos 5.570 municípios do Brasil, apenas 14% são comandadas por mulheres. Somos só 724 prefeitas no país.

Então, em 2000, além de enfrentar a campanha, era preciso disputar contra o preconceito de gênero, até mais do que hoje. Acredito que sou uma pessoa abençoada, iluminada por Deus. Creio que cada um nasce com uma missão, e a minha é cuidar do povo. Tenho isso como propósito de vida.

Não tenho a vaidade de ser considerada a melhor prefeita, mas quero dar o meu melhor todos os dias. Acordo de madrugada e vou dormir com a consciência tranquila do dever cumprido.

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Rita de Cássia em entrevista aos jornalistas Italo Wolff e Raphael Bezerra | Foto: Guilherme Alves / Jornal Opção

Italo Wolff — E quanto à forma de administrar, o que mudou?

Em 2001, a forma de administrar era totalmente diferente de hoje. Lembro que assumi a prefeitura justamente quando a Lei de Responsabilidade Fiscal começava a ser implementada. Na época, a gente achava que era um bicho de sete cabeças. Hoje, o processo de aquisições por meio de licitação já está consolidado.

Atualmente, para comprar um palito na prefeitura é preciso passar por licitação. Isso faz com que as coisas não aconteçam na velocidade e na urgência que o povo espera, porque há toda uma parte burocrática até se conseguir realizar aquilo que é o objetivo da gestão — e essa foi uma escolha do país.

Eu sou uma pessoa que pensa muito no meu CPF. Prefiro ter paciência para esperar e fazer o certo, do que sair da prefeitura e carregar problemas comigo. Não acumulei bens, não sou uma mulher rica, mas sou uma mulher que tem crédito. O que eu tenho é o meu nome — e eu zelo muito por ele. Tem que fazer bem feito, e tem que fazer correto.

Em 2001, tudo era diferente. Sofri bastante, no início da segunda gestão, para me adaptar à nova legislação. Mas o esforço valeu a pena: entre os 246 municípios do estado de Goiás, apenas 11 receberam o Selo Ouro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) no Prêmio Ranking da Transparência 2024 — e Itaberaí foi um deles.

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“Não acumulei bens, não sou uma mulher rica, mas sou uma mulher que tem crédito. O que eu tenho é o meu nome — e eu zelo muito por ele”, diz Rita de Cássia | Foto: Guilherme Alves / Jornal Opção

Italo Wolff — Foram 70 obras entregues na última gestão. Neste novo mandato, há uma meta?

Nosso objetivo é inaugurar uma obra por mês, mas até o fim de junho já entregamos nove.

Italo Wolff — A maioria dessas obras é de infraestrutura?

Não. Itaberaí é uma cidade desafiadora de administrar, porque temos uma empresa multinacional instalada aqui, a São Salvador Alimentos (SSA), dona da marca SuperFrango e outras. Essa empresa é excelente para a cidade, movimenta a economia, mas também traz desafios.

Hoje, muita gente está se mudando para Itaberaí para trabalhar. Há 25 anos, a SuperFrango operava apenas oito horas por dia, em uma unidade. Hoje são cinco unidades, e a principal funciona 24 horas por dia.

Para atender essa nova demanda, construímos o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Santa Clara, com capacidade para 300 crianças. Isso zerou a fila de espera, mas, no dia seguinte à inauguração, já havia novas crianças aguardando vaga.

Na saúde, construímos três Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e reabrimos o hospital municipal, que estava com o centro cirúrgico fechado. Já realizamos mais de 5 mil cirurgias. Agora vamos construir a quarta UBS — mas sabemos que ainda não será suficiente, porque a cidade continua crescendo rapidamente.

Em infraestrutura, temos o projeto de tornar Itaberaí uma cidade com zero poeira e zero lama. A meta é asfaltar todas as ruas do município até o final do mandato. Inauguramos recentemente o bairro Sebastião Barbosa, com toda a infraestrutura: asfalto, galerias pluviais, rede de esgoto, meio-fio, sarjeta e calçada em todo o bairro. Em setembro, vamos inaugurar outro bairro com infraestrutura finalizada — o Del Rey. Enquanto isso, já estão em fase de licitação os bairros Aécio Coelho e Itaville. É um trabalho contínuo.

Italo Wolff — A senhora tem buscado parcerias com o governo do Estado para suprir esse déficit habitacional?

Hoje, 3 de julho, acabei de sair da Agência Goiana de Habitação (Agehab), onde estou buscando ampliar os nossos programas sociais, como o ‘Para Ter Onde Morar’, porque o bairro Itaville precisa de mil casas para zerar o déficit. Temos o projeto de construir 306 habitações.

Em parceria com o governo do Estado, já construímos e entregamos 50 casas populares. Mas posso dizer que o dia mais triste da minha gestão foi o dia do sorteio dessas casas, pela Agehab. Havia 3 mil inscrições e apenas 50 famílias foram contempladas.

Mas já fizemos um cadastro e estamos batalhando também por casas a custo zero, em parceria com o governo federal, por meio do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ e Aluguel Social.

Italo Wolff — Qual a importância da SSA para Itaberaí?

 A SSA foi um divisor de águas em nossa cidade. É a principal movimentadora da economia, direta e indiretamente. A empresa terceiriza muitos serviços e cria uma cadeia de produção que envolve quem planta o milho, quem tem o galpão, quem transporta, quem conserta transporte. Não é apenas um abatedouro, não. 

É claro que essas oportunidades fizeram a cidade aumentar muito: em 25 anos, a população foi de 25 mil para 47 mil habitantes. São migrantes de todos os estados brasileiros, principalmente do Maranhão. E com os desafios, a cidade com a SSA é muito melhor, se desenvolveu muito.

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“A sociedade se mobilizou e abraçou a causa da UEG. Hoje, acredito que vamos vencer e mantê-la aberta”, diz Rita de Cássia | Foto: Guilherme Alves / Jornal Opção

Raphael Bezerra — O prédio da Universidade Estadual de Goiás em Itaberaí esteve prestes a fechar. Como está a situação agora?

Está sendo uma luta, mas acredito que vamos vencer e manter a UEG aberta. Quase perdemos o prédio, mas, após uma reviravolta judicial, as coisas começaram a se encaminhar.

A história é longa, mas vou tentar resumir. O bairro onde a faculdade está localizada, o setor Bela Vista, foi loteado, e o dono do loteamento cedeu uma área para a construção da universidade. A condição era que a obra fosse concluída em dois anos — mas ela levou mais tempo. Depois disso, o proprietário entrou na Justiça pedindo a área de volta.

Na minha visão, isso não faz sentido. A faculdade valorizou a região, foi um atrativo para o bairro, e muita gente comprou terrenos ali com a expectativa de que a UEG funcionasse. Durante o processo, o Estado acabou perdendo prazos importantes, o que dificultou ainda mais a situação.

Apesar disso, a universidade continuou funcionando, e recentemente conseguimos uma decisão judicial que garante a permanência da UEG no local. A sociedade se mobilizou e abraçou a causa, lutando contra a alienação da área pública. Hoje, respiramos mais aliviados, mas o processo ainda está em andamento.

Raphael Bezerra — Há previsão de novos cursos que podem abrir na UEG? Qual é a demanda?

Na verdade, há poucos alunos atualmente por causa da insegurança jurídica — muitas pessoas têm medo de começar um curso e, depois, serem obrigadas a interromper os estudos. Hoje, a UEG oferece cursos de Agronomia, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária e Zootecnia. Existe uma demanda crescente pelo curso de Direito. Enquanto isso, universidades particulares como a FacMais (Unimais) têm suprido a necessidade de formação superior na cidade.

Italo Wolff — A senhora representou Goiás no Movimento Mulheres Municipalistas (MMM). Quais são as impressões da senhora sobre a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios?

A marcha de prefeitos, sem dúvida, é uma luta pela reivindicação daquilo que os municípios mais precisam. Até o momento, não tivemos muitos resultados concretos, mas exercemos uma pressão, tentamos conscientizar a sociedade acerca de como mudanças políticas vão impactar as cidades que já estão prejudicadas com queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Raphael Bezerra — Como a senhora vê o trabalho de conversar com os deputados estaduais e federais para conseguir recursos, por meio de emendas, para sustentar as necessidades da cidade? Quais são os deputados que mais têm auxiliado a gestão de Itaberaí?

Na primeira gestão, pedimos apoio a vários deputados federais. Mas hoje eu tenho um compromisso com um deputado em especial: o Célio Silveira (MDB). Acredito que esse compromisso é recíproco — ele tem estado ao nosso lado. Onde vou, manifesto meu apoio ao deputado federal Célio Silveira, e ele tem correspondido com importantes recursos destinados a Itaberaí.

Também buscamos emendas com os senadores e atuamos junto ao Executivo, por meio de programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Raphael Bezerra — Quais obras em Itaberaí foram cadastradas no PAC?

Cadastramos oito obras no PAC. Isso não significa que todas serão contempladas, pois existe um processo de análise e seleção. No entanto, já recebemos autorização da Caixa Econômica Federal para realizar duas: uma creche no Setor Vitória e uma Unidade Básica de Saúde no Setor Boa Vista. Essas duas já foram sinalizadas positivamente.

Também estamos aguardando resposta para duas etapas do projeto de construção de cem casas. Além disso, cadastramos outras iniciativas importantes, como um Centro Comunitário Esportivo, uma Unidade Móvel de Saúde, um novo prédio para o Conselho Tutelar e um Centro de Atenção Psicossocial (Caps).

Italo Wolff — A senhora mencionou que o hospital estava com o centro cirúrgico fechado quando assumiu. Como está a saúde da cidade hoje?

Há 25 anos, quando entrei na prefeitura pela primeira vez, em 2001, conseguimos abrir o centro cirúrgico e fazê-lo funcionar 24 horas por dia, durante 65 dias no ano. Hoje, não conseguimos funcionar 24 horas por dia novamente. Realizamos cirurgias eletivas, mas, no caso das de urgência, ainda não temos profissionais que residam em Itaberaí — e isso é um requisito para manter o serviço aberto: o profissional precisa morar na cidade.

Temos maternidade, e os partos acontecem dentro do hospital. As exceções são os casos de urgência ou de risco, que são encaminhados para Goiânia. A grande dificuldade é manter profissionais à disposição, porque parto não tem hora para acontecer.

Em relação às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), já abrimos três e vamos inaugurar a quarta. Em diálogo com o Ministério da Saúde, ficou acordado que, pelo tamanho atual da cidade, o número de UBSs era insuficiente. Por isso, adotamos o critério de divisão territorial por áreas e número de habitantes para ampliar a cobertura da atenção básica.

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Rita de Cássia: “Barbosa Neto costuma dizer que Itaberaí é uma “ilha de harmonia política” | Foto: Guilherme Alves / Jornal Opção

Raphael Bezerra — Como é a sua relação com os vereadores de Itaberaí? E com os demais órgãos do poder público?

Sua pergunta é muito interessante. Em Itaberaí, os vereadores devolveram, do duodécimo da Câmara, uma cifra de R$ 14,1 milhões para a Prefeitura nos últimos quatro anos. E eu prestei conta de tudo isso. Eles indicam onde gostariam que os recursos fossem aplicados, e eu executo. Presto contas novamente, e assim eles continuam fazendo novas devoluções.

O ex-deputado federal Barbosa Neto costuma dizer que Itaberaí é uma “ilha de harmonia política”. É uma cidade atípica, e eu concordo. Diante do que vemos no cenário federal — onde o Congresso veta projetos do presidente e vice-versa —, esse conflito entre os Poderes é muito ruim.

Itaberaí, como diz o Barbosa, é uma ilha porque o Poder Judiciário, o Ministério Público, o Legislativo e o Executivo andam de mãos dadas. E isso é fundamental para o bom funcionamento da cidade.

O mesmo vale para as entidades filantrópicas. Estamos fomentando convênios com instituições que acolhem crianças, idosos, dependentes químicos, mães que trabalham com artesanato. Estamos promovendo não só a inclusão social, mas também a geração de renda.

O Brasil é muito injusto — uns têm demais, outros têm de menos. Sempre fui uma prefeita daqueles que têm menos, porque entendo que o Poder Público precisa estar ao lado de quem mais precisa. Mas também não podemos abandonar aqueles que geram emprego e movimentam a economia, como os empresários.

Por isso, sua pergunta é importante para deixar claro que não é a Rita de Cássia quem tem o poder sozinha. Eu sou a cabeça, mas cada membro do poder público é um agente ativo. Afinal, o que é ser prefeita? Não é cuidar da cidade como se fosse minha. Eu penso diferente. Ocupo um cargo, mas tenho patrões — cada eleitor é meu patrão. Estou administrando um recurso que é deles, não meu. E é por isso que precisamos ter sabedoria para ouvir cada cidadão, para tentar amenizar sua dor e atender suas necessidades.

Italo Wolff — A senhora se aproxima, em 2028, do fim do seu segundo mandato. Quais são seus planos a partir daí? Pode ser candidata ao Legislativo?

Eu já havia prometido que não mexeria mais com política, que estaria no processo dando apoio, mas sem ser candidata. Em 2020, quiseram me colocar na chapa como vice. Eu disse ao candidato a prefeito ex-prefeito Welington Baiano, do MDB: “Não, não quero. Já vou votar no senhor, já vou te apoiar, vá atrás de outro nome para vice.” Mas acabei entrando como vice por ser mulher, ex-prefeita… 

Nos últimos 15 dias de campanha, o candidato a prefeito teve sua candidatura indeferida e meu nome substituiu o dele na cabeça da chapa, sem me consultarem. Fui dormir como candidata a vice e acordei como candidata a prefeita. Tive que assumir.

Então, se eu disser agora que nunca mais vou mexer com política, a mesma coisa pode acontecer de novo. Se eu falo que não quero, minha mãe diria: “Deixe de ser mentirosa.” Hoje, algumas pessoas dizem que querem que eu seja candidata a deputada. Sempre respondo que não quero, que minha meta é terminar o mandato e executar as obras que estão sendo planejadas. Mas se o governador me disser: “Preciso de você como candidata a deputada para sua região crescer”, aí é um caso a se pensar.

O futuro a Deus pertence. Se eu tiver que ser [candidata], não sei… Mas isso não faz parte dos meus planos no momento. Meu plano é concluir meu mandato, entregar as obras — especialmente as que estão em andamento — e encerrar minha vida política como candidata.

Minha família tem uma empresa, o Café Boca de Pito, e minha mãe sempre diz que está me esperando para começar a trabalhar lá. Eu nunca pude, porque sempre estive envolvida com a política. E ela vive me dizendo: “Política não vai fazer seu futuro. O futuro seu e da sua filha está aqui, no café.” E eu sempre respondo: “Já estou indo.” Também sinto esse chamado.

Rita de Cássia: “Tenho muita esperança de que o governador Caiado se torne presidente da República, e vou trabalhar para isso” | Foto: Gulherme Alves/ Jornal Opção

Raphael Bezerra — As articulações para 2026 já estão acontecendo. Quais as impressões da senhora sobre a pré-candidatura de Ronaldo Caiado (União Brasil) à Presidência da República?

Sou otimista, muito otimista, e tenho muita esperança de que o governador Caiado se torne presidente da República. E digo aqui, em alto e bom som: no que ele precisar desta mulher aqui para trabalhar na campanha, pode contar comigo. Acredito que, para Goiás, será bom demais.

O governador Caiado é um homem sério, que colocou moral no governo, estabeleceu metas, transformou a educação, transformou a segurança pública. Em Itaberaí, há dez anos, se você saísse com o celular na mão, dificilmente voltava com ele. Tínhamos duas facções criminosas que se enfrentavam diariamente por conta de drogas. Hoje, isso acabou. A segurança é impressionante.

Então, acredito num Brasil melhor, num Brasil cheio de esperança. Ainda acredito que o país tem conserto. E eu acredito no governador Caiado. Sou Caiado para presidente da República.