Daniel Vilela: “Se os bandidos já estavam sofrendo em Goiás, eles não perdem por esperar”

11 outubro 2025 às 22h08

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Filho de Maguito Vilela, um dos nomes mais marcantes da história política de Goiás, o vice-governador do Estado, Daniel Vilela, parece ter herdado no sangue o apreço pela vida pública. Formado em Direito e pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel, natural de Jataí, construiu uma trajetória sólida na política: foi vereador por Goiânia – onde atuou como líder do MDB e presidiu a Comissão de Educação e Cultura -, deputado estadual, deputado federal e candidato ao governo de Goiás. Em 2022, foi eleito vice-governador na chapa encabeçada por Ronaldo Caiado, reeleito no primeiro turno.
Agora, Daniel se prepara para assumir, no primeiro semestre do próximo ano, o cargo de chefe do Executivo estadual. Nesta entrevista, o vice-governador destaca os avanços e desafios superados pela atual gestão de Goiás, incluindo grandes projetos nos quais teve papel de liderança. Ele também comenta seus planos para o próximo ano, quando deve se lançar candidato ao Palácio das Esmeraldas com o apoio de Caiado.
Além disso, antecipa detalhes de novos programas voltados à segurança pública, considerada a “menina dos olhos” do atual governador, como o projeto que institui um “cinturão digital” de monitoramento e busca ativa de criminosos em Goiás. Segundo Daniel, o projeto, que já está em fase de implementação, promete transformar o combate ao crime no Estado: “Se a vida dos bandidos já era difícil, vai ficar ainda pior.”
Ton Paulo – Voltou a circular, recentemente, a informação de que o governador Ronaldo Caiado está conversando com outros partidos mirando 2026. Cogitou-se, inclusive, que ele pode deixar o União Brasil. Como está essa situação?
Eu, obviamente, converso muito com o governador, tanto sobre política estadual quanto nacional. Acho que, nesse momento, tudo são hipóteses, possibilidades. Mesmo estando a cerca de seis meses do prazo final de filiação, a política nacional vive um cenário que, sinceramente, em meus 41 anos de vida, vou completar 42 anos agora, eu nunca vi igual. É algo extremamente imprevisível, uma verdadeira montanha-russa semanal: um dia está de um jeito, na outra semana muda completamente. Um exemplo é o caso do Tarcísio de Freitas, em uma semana é dado como candidato, na outra já não é mais.
O único que tem mantido uma postura linear é o governador. Desde o início, ele lançou sua pré-candidatura e sempre se posicionou de forma clara. Acho que hoje ninguém duvida do quanto ele tem demonstrado, de maneira enfática, esse desejo de ser candidato.
Agora, do ponto de vista partidário, ainda é impossível prever o que vai acontecer até lá.
A federação entre União Brasil e PP, hoje, já está muito clara para todos: ela foi formada, única e exclusivamente, com o objetivo de viabilizar o Ciro Nogueira como candidato a vice-presidente na chapa do Tarcísio, partindo da convicção de que o Tarcísio seria candidato à Presidência. A partir do momento em que isso deixou de ser uma possibilidade, a federação perdeu sua razão de existir, já que seu propósito era exclusivamente esse.

Portanto, todos esses fatores serão determinantes para as decisões e atitudes do governador até março. É impossível, hoje, fazer qualquer previsão concreta.
Eu, pessoalmente, defendo junto ao governador, e ele, com toda sua experiência política e relações em nível nacional, compreende bem isso, que qualquer decisão sobre mudança partidária deve ser tomada apenas no momento certo, lá no final. No cenário atual, eu apostaria mais na permanência dele no União Brasil, dentro de uma conjuntura em que o melhor caminho para o partido seria a candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência.
Euler de França Belém – Qual, na sua visão, é o diferencial entre Caiado e os demais pré-candidatos, sobretudo o da esquerda, Lula?
Bom, acho que o governador, hoje, reúne características que, na minha visão, são exatamente aquilo que o eleitor brasileiro busca. Primeiro, ele tem experiência política. Passou muitos anos no parlamento, e, embora existam críticas à classe política, na hora do voto, a experiência conta, e muito, como fator de escolha. Ao mesmo tempo, ele tem um perfil combativo, especialmente no enfrentamento à corrupção, que continua sendo um tema sensível e importante para a população.
Além disso, é responsável pelo maior caso de sucesso em política pública de segurança no Brasil. Esse é um tema que está em evidência, é complexo e, talvez, aqui em Goiás, a gente nem perceba o quanto ele é latente em outras regiões do país, especialmente nos grandes centros urbanos, onde a segurança pública é uma das maiores preocupações.
Há um ponto fundamental para 2026: a aprovação do governador. Ele é, hoje, comprovadamente, um gestor altamente aprovado pela população goiana, em razão da qualidade do governo que vem fazendo aqui no estado
Outro ponto relevante é a coragem. Ele é um político corajoso, e as pessoas querem isso: alguém que tenha coragem. Acho que o próprio Bolsonaro, lá atrás, foi eleito muito por representar essa ideia, de ter alguém disposto a colocar o dedo na ferida, a dizer o que precisa ser dito, e não fugir dos enfrentamentos necessários.
E, além disso tudo, há um ponto fundamental: a aprovação do governador. Ele é, hoje, comprovadamente, um gestor altamente aprovado pela população goiana, em razão da qualidade do governo que vem fazendo aqui no estado.
Esses atributos o colocam em uma posição muito especial em relação aos demais nomes. Se olharmos para os possíveis candidatos da direita, por exemplo: O Romeu Zema, em Minas Gerais, não tem, nem de longe, o mesmo nível de avaliação que o governador tem em Goiás, nem o mesmo desempenho na área de segurança pública.
O Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, também não possui uma aprovação comparável, muito menos resultados expressivos em segurança. O Tarcísio de Freitas não tem a experiência administrativa nem política que o governador tem, e tampouco o mesmo nível de aprovação. E o Ratinho Júnior, embora tenha uma avaliação próxima, não possui a mesma política de segurança pública nem a bagagem política do governador Caiado.
Não estou dizendo que esses nomes não tenham outras qualidades, certamente têm. Mas, considerando esses requisitos específicos, que considero os mais fortes para uma candidatura presidencial hoje, o governador Ronaldo Caiado se sobressai claramente em relação a todos os demais.
Ton Paulo – Falando agora sobre a sua pré-candidatura, você está sendo preparado para assumir o governo em breve e já tem o nome colocado para o Palácio das Esmeraldas. No início das articulações, chegou a se falar na possibilidade de uma aliança com o PL, mas muita coisa mudou desde então: veio a resolução do partido proibindo apoio a candidatos de fora da legenda, além de algumas movimentações internas. Como está hoje a sua relação, e a da sua pré-candidatura, com o PL? Ainda existe alguma possibilidade dessa aliança acontecer ou essa porta já se fechou?
Agora é o momento em que os partidos, naturalmente, precisam tomar algumas decisões voltadas a fortalecer suas estruturas, estimular lideranças e construir candidaturas próprias em todo o país. Todos os partidos estão fazendo exatamente isso. No nosso caso, tomamos a decisão de focar este ano na gestão.
O trabalho do governador e o meu, como vocês podem acompanhar pela minha agenda, está totalmente direcionado à administração: à execução de obras que estavam prestes a começar e a diversas outras ações administrativas. E assim será até o final do ano.
A partir de janeiro do ano que vem, sim, começaremos a dedicar mais tempo à construção política e eleitoral. Nesse momento, vamos retomar conversas que considero importantes.

Eu não descarto essa possibilidade. Acho fundamental que haja diálogo para entender se existe uma convergência de projetos para Goiás entre os partidos da base e o PL. Essa conversa vai acontecer no momento certo.
Euler de França Belém – Havia uma certa resistência por parte dos produtores rurais ao Fundo Estadual de Infraestrutura, o Fundeinfra, e agora dizem que a resistência diminuiu muito por causa das obras que estão saindo. Há essa sensação no governo?
Eu sinto isso, sim, especialmente nas cidades onde as obras já estão em andamento. Estive, na semana passada, acompanhando as obras em Rio Verde, e vários produtores e empresários vieram conversar comigo, demonstrando satisfação com o ritmo dos trabalhos e reconhecendo a importância do programa.
Se o PL estiver conosco, como já foi publicamente declarado, inclusive pelo presidente Bolsonaro, que eles têm interesse em uma estratégia para eleger senadores, haveria uma vaga de candidato para eles
No sábado, lançamos uma rodovia em Bela Vista, e também estivemos em Jataí, onde as rodovias que ligam até o extremo sudoeste do estado têm gerado uma repercussão muito positiva, com grande sentimento de satisfação por parte da população.
Ainda há muitas outras obras para iniciar, não apenas as do Fundeinfra, e acredito que esse cenário ficará ainda mais claro no próximo semestre do ano que vem, quando todas as obras acontecerem. Mas há sem dúvidas uma mudança de humor.
E vale destacar: a qualidade das obras é incomparável. São projetos feitos para ter alta durabilidade e resultados duradouros para o estado.
Euler de França Belém – O Instituto para o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás, o Ifag, foi o melhor para fazer as obras?
Esse é um modelo que acredito que será repercutido em outros estados do Brasil, porque se trata de uma nova forma de contratação pública: inteligente, segura, transparente e capaz de corrigir os problemas da lei de licitações. Por exemplo, a lei de licitações não impede que empresas sem capacidade de execução participem dos processos. Ela também não evita direcionamentos, caso contrário, não teríamos visto tantos escândalos ao longo da história relacionados a essa lei.
Surge então a pergunta: por que se utiliza contrato de gestão na saúde, na educação e na assistência social, mas não na infraestrutura? Qual seria o problema desse modelo? Na verdade, o problema é o mesmo para todas as áreas: quem é o parceiro? Com quem você vai firmar a cooperação? Nesse sentido, o Ifag montou um time técnico preparado para estabelecer essas parcerias de forma adequada.
Foi criada uma categorização das empresas, permitindo identificar, por meio de critérios claros, quais realmente têm capacidade de executar grandes obras. Isso possibilita excluir as que não possuem essa capacidade. Por exemplo, conseguimos licitar e retomar a única obra que estava paralisada: o viaduto de Senador Canedo, na GO-020, próximo à JBS.
Antes, havia casos como este: a empresa vencedora da licitação já havia abandonado diversas obras. Apesar disso, ganhou a licitação oferecendo um preço baixo, um valor que a Goinfra sabia ser inexequível. Mesmo assim, foi necessário assinar o contrato. A empresa iniciou a obra, colocou as vigas e, em seguida, abandonou o projeto.
Com o modelo do Ifag, isso não acontece. Além disso, hoje, quando uma empresa vence uma licitação sem ter capacidade financeira ou técnica, sabe que, ao parar a obra, a Goinfra terá que negociar para que ela transfira o contrato para outro licitante, geralmente o segundo colocado. Isso permite que a empresa ainda obtenha lucro com a venda do contrato, mesmo prejudicando a execução da obra, e o processo para retomar o controle pode levar um ou dois anos.

No caso do Ifag, quando a empresa para a obra, ela é imediatamente substituída pelo segundo colocado. Acreditamos que esse problema será minimizado porque a categorização exige comprovação de capacidade: a empresa precisa demonstrar liquidez financeira e apresentar seu acervo técnico, garantindo que apenas parceiros qualificados executem as obras.
Ton Paulo – O senhor está liderando uma série de projetos grandiosos no Estado, que têm avançado de forma significativa. Além do estádio Serra Dourada, há outros projetos de destaque, incluindo o que tem chamado atenção nacional: a revolução tecnológica da inteligência artificial com o Porto Digital. Recentemente, você também esteve fora do país com o secretário José Frederico, relacionado a esse grande centro de IA que será implantado em Goiás. Como está o andamento desses projetos atualmente e quais aprendizados ou iniciativas devem ser incorporados à sua gestão quando você assumir o governo no ano que vem?
Sem dúvida, esse é um ponto em que precisamos avançar. Por que não progredimos mais, mesmo sendo hoje um Estado de referência em inteligência artificial? Porque o governador encontrou o Estado em situação crítica, com problemas fiscais e deficiências básicas em todas as áreas essenciais. Somente agora o Estado recuperou condições e capacidade de investimento.
O próximo passo, portanto, é avançar utilizando essas ferramentas tecnológicas, que trazem celeridade, eficiência e melhoram a governança do governo. Estamos, cada vez mais, evoluindo na governança tecnológica, buscando facilitar a vida do cidadão, oferecendo serviços via WhatsApp, criando uma conexão mais rápida, direta e menos burocrática, e expandindo o uso da inteligência artificial para outras áreas. Em breve, vamos lançar um novo plano de segurança pública que será revolucionário.
Além de sermos referência, eu costumo dizer: se os criminosos acham que a vida deles está difícil em Goiás, eles não perdem por esperar. Com o projeto de inteligência artificial que vamos lançar para o combate ao crime, a vida deles vai ficar ainda mais complicada. Esse é o novo passo que estamos dando.
Ton Paulo – Pode adiantar alguns detalhes sobre esse projeto?
Estamos elaborando e já pilotando um projeto em cidades do Entorno do DF, como Luziânia, Jardim Ingá e Novo Gama. Estamos criando um cinturão virtual com câmeras que possuem inteligência embarcada, junto com o desenvolvimento de um software único, capaz de minerar informações de forma detalhada dentro desse cinturão, sem nenhum ponto cego.
Assim, se alguém cometer um crime dentro dessa barreira, será rapidamente localizado.
E qual é o grande diferencial? De fato, câmeras comuns também registram imagens, mas aí o policial precisa assistir aos vídeos manualmente, tentando identificar os criminosos. Com o software que estamos desenvolvendo, ao ocorrer um crime, a vítima ou alguém aciona rapidamente o 190, e o sistema já identifica automaticamente o suspeito.
Por exemplo, se a pessoa lembra que “o último número da placa da moto era 3” ou “ele estava com a camisa vermelha”, o sistema cruza essas informações com todo o cinturão e localiza rapidamente o criminoso. Em segundos, sabemos exatamente onde ele está. Além disso, o sistema está integrado com os policiais militares via WhatsApp, enviando a localização em tempo real para que possam agir imediatamente. Os resultados nos três pontos onde já testamos o projeto têm sido extraordinários.
O sucesso da política de Segurança se deve, em grande parte, aos nossos policiais, que têm um comportamento exemplar: absolutamente honestos, corretos, desvinculados de qualquer relação com facções criminosas e firmes no cumprimento da lei
Agora estamos finalizando o segundo piloto em Goiânia e Aparecida, e o centro de comando, que já está pronto, será inaugurado junto com o lançamento. Em Luziânia, todas as câmeras e o software já estão operando plenamente.
O plano é expandir gradualmente: começaremos pelas divisas do estado, depois avançaremos para cidades turísticas, seguindo um mapa estratégico que permitirá identificar movimentações em todo o estado nos próximos anos. Em dois anos, a meta é cobrir o estado inteiro com esse cinturão inteligente.
Euler de França Belém – Converso com muitos motoristas de aplicativo, que se mostram preocupados com a questão da segurança pública, e ao mesmo tempo satisfeitos com a situação de Goiás. Ao que se deve isso?
O sucesso da política de Segurança se deve, em grande parte, aos nossos policiais, que têm um comportamento exemplar: absolutamente honestos, corretos, desvinculados de qualquer relação com facções criminosas e firmes no cumprimento da lei. E isso é algo que não vamos perder de forma nenhuma. Pelo contrário, vamos avançar ainda mais.
No lançamento deste programa, vamos mostrar depoimentos dos próprios policiais sobre o novo sistema, destacando o quanto ele tem facilitado o trabalho deles. Recebo mensagens pelo WhatsApp de comandantes agradecendo: “Isso aqui facilitou demais a nossa vida, o nosso trabalho. Obrigado.”
Você mencionou o caso do Uber. Existem diversos exemplos que vamos apresentar dentro do projeto piloto. Um deles envolve uma mulher que trabalhava como motorista de Uber: um criminoso entrou no carro, armado com uma faca, e roubou o veículo, que era um bem dela.
Em apenas 20 minutos, o carro foi recuperado e devolvido à proprietária. Vinte minutos.
Euler de França Belém – Uma obra que está chamando muita atenção na capital é a do Lyceu de Goiânia, que inclusive está com inscrições abertas. Como será, ele voltará a ter ensino bilíngue?
Sim, terá. Inclusive, temos um projeto muito bom chamado Go English. A Secretaria de Educação criou uma plataforma moderna de EAD, que também contempla ensino presencial.
Sempre que participo de inaugurações de escolas, reforço: “Aproveitem essa oportunidade. Tudo que estamos oferecendo na educação é importante, mas não deixem de aproveitar o Go English. Hoje, aprender uma outra língua é tão fundamental quanto toda a formação que recebem aqui. Isso será essencial para vocês ocuparem os principais postos de trabalho, independentemente da profissão que escolherem.”

Euler de França Belém – Como já foi mencionado, muito se fala nos jornais, colunas e reportagens sobre a possibilidade de uma composição com o PL. Você comentou que isso é algo para ser discutido mais adiante, mas essas conversas sempre surgem. Na sua avaliação, existe uma possibilidade real de composição? Você acredita que isso é viável?
Eu acho que é possível. Da nossa parte, o que eu posso dizer é que há toda a disposição, uma vontade nesse sentido. Tem muitos prefeitos com quem tenho um diálogo nesse sentido.
Tem o Marcio Corrêa, prefeito de Anápolis, que é do PL, por exemplo, que é um defensor interno dessa aliança. Então há uns pontos de convergência, tem pessoas que convergem para isso. Há, sim, possibilidade.
Euler de França Belém – E o Gustavo Gayer, presidente do PL em Goiânia. Já conversou com ele?
Conversei rapidamente em alguns eventos, mas vai chegar o momento em que teremos a oportunidade de conversar. Que há essa possibilidade. Eu falo com o Wilder Morais, encontro ele também em eventos, brinco com ele, falo que ele está me devendo um almoço que ele me prometeu. Estou aguardando para fazermos esse encontro e aí ir evoluindo, se for o caso.
Euler de França Belém – Na questão do seu vice para a disputa ao governo de Goiás, a definição será do governador Ronaldo Caiado?
Acho que isso é natural. Obviamente, o governador precisa conversar. Eu até brinquei em outra entrevista que estamos tratando desse assunto de forma cuidadosa, como um processo de economia de energia, observando tudo com atenção. Naturalmente, essa decisão será tomada mais à frente, então vamos aguardar.
Euler de França Belém – E esses vices mencionados, José Mário Schreiner, Paulo do Vale, Adriano da Rocha Lima, são bons nomes?
São todos quadros de excelência, com representatividade e histórico de realizações e serviços prestados ao Estado. Graças a Deus, isso é um bom sinal: temos pessoas interessadas em participar e, ao mesmo tempo, extremamente qualificadas.
Euler de França Belém – Para o Senado, já há a definição do nome da primeira-dama, Gracinha Caiado. Quem poderia compor com ela?
Acho que esse também será um processo de definição em relação às composições. Se o PL estiver conosco, como já foi publicamente declarado, inclusive pelo presidente Bolsonaro, eles têm interesse em uma estratégia para eleger senadores, se construirmos uma aliança nesse sentido, haveria uma vaga de candidato para eles. E estou falando de apenas uma vaga, porque todos nós já temos convicção sobre a candidatura da dona Gracinha. Portanto, isso também dependerá dos arranjos das alianças partidárias.
Ton Paulo – Gustavo Mendanha e Vanderlan Cardoso, ambos do PSD, têm as mesmas intenções: se lançar candidatura ao Senador pela base governista. Vocês têm conversado? Existe a possibilidade de composição?
Sim. Primeiro, são integrantes de um partido de grande relevância e importância. Agora, não sei se eles ou o partido têm disposição de lançar dois candidatos dentro da própria legenda. Caso não haja, terão que tomar uma decisão entre si mais à frente.
O Vanderlan, por exemplo, tem participado de várias agendas comigo e de ações do governo. O Gustavo, da mesma forma, também está desenvolvendo seu trabalho. Aliás, quem pretende se candidatar ao Senado precisa, de fato, trabalhar, cada um com suas características e estratégias, para que possamos, mais à frente, avaliar os resultados desse esforço.
O Vanderlan, por exemplo, tem participado de várias agendas comigo e de ações do governo. O Gustavo Mendanha, da mesma forma, também está desenvolvendo seu trabalho. Aliás, quem pretende se candidatar ao Senado precisa, de fato, trabalhar, cada um com suas características e estratégias
Euler de França Belém – Muito se fala que Gracinha Caiado será bem votada nas próximas eleições. Como avalia o nome dela?
A dona Gracinha tem hoje a sua candidatura consolidada. É claro que conta com a força do governador, mas muito mais por sua própria capacidade de articulação e pela liderança política que construiu ao longo dos anos.
Ela é uma pessoa muito querida pelos prefeitos, atende suas demandas e lidera projetos importantes para os municípios. Também é muito admirada pelas primeiras-damas, pois cria iniciativas que fortalecem o trabalho social delas em cada cidade. Além disso, mantém uma relação de liderança com nossos deputados e com a base dentro da Assembleia.
De forma muito natural, por sua capacidade política, liderança e articulação, ela construiu esse contexto de favoritismo. Esse cenário favorável é reforçado, obviamente, pela aprovação do governo, que também contribui para isso. Hoje, temos a maior rede de proteção social do Brasil, graças a ela e à sua liderança. Grande parte dessa condição favorável se deve aos méritos próprios dela.
Euler de França Belém – O hospital Cora foi inaugurado recentemente, sendo um marco no tratamento oncológico em Goiás e no Brasil. Quando deve ser o impacto dessa unidade?
O Cora é um projeto que encanta a todos, principalmente por começar pelo combate ao câncer infantil, uma realidade muito dolorosa de se ver, com crianças enfrentando um desafio tão grande tão cedo na vida.
O governador trouxe para os goianos o que há de melhor no mundo. Não existe nada na América Latina que se compare ao que o Cora oferece. É realmente algo fantástico. Já estamos, inclusive, planejando ampliações, como a inclusão de radioterapia, essencial para o tratamento, e futuramente a expansão para o hospital adulto também.
Euler de França Belém – Você também entende muito de futebol. A seleção brasileira tem condições de ganhar?
Eu gostei bastante dos primeiros jogos do Ancelotti. Acho que ele já conseguiu implementar algumas mudanças que o Brasil precisava. Mas não sei se na última convocação ele está apenas testando mais alguns jogadores para descartar opções, porque há nomes que me deixam frustrado. Com esses jogadores, não vão chegar a lugar nenhum. O Richardson, por exemplo, não sei o que acontece, muda treinador, sai treinador, e ele continua sendo convocado. É um jogador à altura da seleção brasileira.
Euler de França Belém – E o Goiás, você ainda vai ao estádio ver os jogos? O time está bem?
De vez em quando eu vou. O Goiás começou muito bem o campeonato, mas agora deu uma estagnada, apesar de continuar entre os líderes. Os outros times, no entanto, evoluíram bastante, então estou bastante apreensivo com a reta final do Brasileirão.
Estou torcendo para que o Goiás permaneça na Série A, e acredito que teremos um final de campeonato muito emocionante.