O advogado Valério Luiz Filho poderá disputar uma vaga no Senado Federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Nos bastidores da sigla, há um movimento para fortalecer o nome do filho do jornalista esportivo Valério Luiz de Oliveira como possível candidato. A articulação ainda é considerada preliminar e deve ser discutida com mais profundidade.

Entre os petistas, uma fonte ouvida reservadamente afirmou que existe um movimento interno que pode levar à candidatura de Valério Filho ao Senado, descrevendo o cenário como uma “tendência” em formação. Outro integrante do partido, porém, avalia que a articulação ainda é incipiente e deverá ser amplamente debatida. A definição, segundo ele, passará pela deputada federal e presidente estadual do PT, Adriana Accorsi.

Em contato com o Jornal Opção, Valério Filho afirmou estar à disposição do partido para disputar uma vaga no Senado. “Alguns companheiros vieram conversar comigo sobre essa possibilidade, com o objetivo de fortalecer o partido nos debates contra a extrema direita. O espaço para debates no Senado é maior”, comentou.

Ele também destacou a importância de o PT se mobilizar para conquistar vagas no Senado Federal por Goiás, com o objetivo de conter o avanço do Partido Liberal (PL). No cenário nacional, há uma estratégia do ex-presidente Jair Bolsonaro para ampliar a bancada de senadores e alcançar maioria no Congresso Nacional, o que facilitaria a tramitação de matérias e até no impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Valério é filho do jornalista esportivo Valério Luiz de Oliveira, assassinado em julho de 2012, ao sair da rádio em que trabalhava, em Goiânia. Como advogado, atuou como assistente de acusação no processo que resultou na condenação dos responsáveis pelo homicídio. Ele também é neto do cronista esportivo Mané de Oliveira.

Fundador do Instituto Valério Luiz, entidade voltada à promoção da liberdade de imprensa e ao combate à impunidade em crimes contra comunicadores, o advogado concorreu a deputado estadual pelo PT em 2022. Não foi eleito, mas permanece como suplente. No primeiro pleito que disputou, obteve cerca de 6,3 mil votos. Atualmente, ele está como assessor do vereador Fabrício Rosa (PT) na Câmara Municipal de Goiânia.

Chapa

O presidente do Cidadania em Goiás, Iure Castro, também pode integrar uma eventual chapa formada entre o PT e o Cidadania. Advogado e procurador da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), ele é citado nas articulações entre as duas siglas. Em agosto, o Jornal Opção informou sobre essa possibilidade após evento em que o ex-senador Cristovam Buarque anunciou sua intenção de retornar à política e disputar uma vaga de deputado federal pelo Distrito Federal.

Ao mesmo tempo, o partido deve formar uma chapa para a Câmara dos Deputados com os parlamentares Adriana Accorsi e Rubens Otoni, além de outros nomes, como o ex-tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares. Já os vereadores Fabrício Rosa e Kátia Maria devem disputar vagas na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

A maior indefinição está na escolha do nome que representará o partido na disputa pelo governo de Goiás. Recentemente, a coluna Bastidores também abordou essa possibilidade. No entanto, ainda se comenta que o escolhido deve, na verdade, disputar uma vaga de deputado federal nas eleições do próximo ano.

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