Reitora da UFG cobra parlamentares para reverter último bloqueio de verbas

01 dezembro 2022 às 14h02

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A Universidade Federal de Goiás (UFG), assim como outras instituições federais de ensino superior, sofre com cortes e bloqueios desde 2015. Uma situação que já era complicada e que piorou ainda mais nos últimos anos, a partir de 2019. Segundo Angelita Pereira de Lima, reitora da UFG, em entrevista para o Jornal Opção, a única forma de reverter essa situação seria por meio da “ação política”.
“Tudo que poderíamos fazer para reduzir os gastos, nós já fizemos”, disse Angelita, ressaltando que foi necessário demitir colaboradores da área de segurança e limpeza, além de adiar obras como reforma de telhados. “Nós tivemos que fazer essas reduções para terminar o ano sem dívidas”, completou.
“Então, do ponto de vista financeiro, é perniciosa a forma como foi tratado o financiamento da Universidade. Essa é a nossa realidade”, contou. A reitora ainda destacou que apesar de estar no final do ano, a UFG ainda está no meio do semestre letivo, por conta da suspensão de aulas que ocorreu em 2020, durante a pandemia da Covid-19.
Para a reitora, a última alternativa restante para conseguir desbloquear as verbas seria pelo meio político. “O desbloqueio é uma ação política, e quem faz são congressistas, que possuem o trânsito junto ao poder executivo para defender esse desbloqueio. Tecnicamente, em nossa análise, vimos que fundos da educação foram retirados e remanejados para outras áreas. Apenas os congressistas podem remanejar isso para a educação”, explicou Lima.
Dessa forma, a gestora defende que haja uma atuação em conjunto entre os parlamentares que defendem a educação. Principalmente para reverter o último bloqueio de R$ 2,4 milhões, feito na última segunda-feira, 28.
“Conseguir essa reversão é fundamental. É importante que tenhamos ação de desbloqueio para manter as atividades e para que a gente cumpra o nosso cronograma. Em relação aos cortes, a nossa meta é devolver teto orçamentário para a Universidade. O que podemos fazer agora é isso, nos esforçamos dessa forma, sabendo das condições prejudiciais ao trabalho. Mas, garantindo que a UFG esteja aberta”, declarou a administradora da entidade.