“O Centro-Oeste carrega enorme potencialidade de expansão para ciência política e também para relações internacionais”, diz o pesquisador da UFG Carlo Patti

09 dezembro 2022 às 13h07

COMPARTILHAR
Na semana em que o curso de pós-graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Goiás (UFG) completa 10 anos, o Jornal Opção conversa com o coordenador Carlo Patti para balanço sobre ações, perspectivas de atuação e desafios do programa que expandiu no contexto do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais).
Na avaliação do pesquisador, o curso representa oportunidades em diferentes frentes de atuação. Sobre a posição do estado de Goiás no país, é categórico: “O Centro-Oeste carrega enorme potencialidade de expansão para ciência política e também para as relações internacionais”, disse.O curso recebeu nota 4 na última avaliação da Capes sobre o período de 2017 a 2020.
O programa surgiu em 2011, quando a professora Denise Paiva, decana da Ciência Política da UFG decidiu montá-lo voltado para políticas públicas. Mais tarde, em 2018, foi a vez de agregar ao programa as Relações Internacionais. “Juntando as forças, tivemos publicações de qualidade, continuamos a garantir uma formação dos discentes em pouco tempo, em média 24 meses, e estimulou a formação dos discentes para garantir a produção – seja publicação de artigos ou participar de congressos”, disse.
O professor Carlo Patti é atualmente coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFG e docente permanente do PPGH e do PPGCP e alcançou reconhecimento internacional com seu mais recente livro, intitulado “Brazil in the Global Nuclear Order, 1945-2018”.
A publicação foi feita pela Johns Hopkins University Press em dezembro de 2021 e é fruto de anos de pesquisa em arquivos públicos e privados em oito países diferentes e entrevistas com ex-presidentes, diplomatas e cientistas.
O livro trata, de forma detalhada, sobre a decisão do Brasil de desistir do desenvolvimento de armas nucleares no país e da sua postura quanto à adoção de normas de não proliferação após décadas de oposição.