Números contrariam oposição e indicam que Mabel está no caminho certo
15 novembro 2025 às 21h00

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O empresário Sandro Mabel está a menos de dois meses de completar um ano à frente da Prefeitura de Goiânia. A eleição que o levou ao posto de chefe do Executivo municipal ainda está fresca na memória. Em um pleito considerado difícil e imprevisível, Mabel, candidato apoiado pelo governador do Estado, Ronaldo Caiado, ficou em segundo lugar no primeiro turno e, de maneira histórica, já que pouco ou quase nunca se viu em Goiânia um candidato ser “derrotado” no primeiro turno e conseguir uma virada, venceu o então candidato do PL, Fred Rodrigues, no segundo “round” com uma vantagem superior a 70 mil votos.
Às vésperas de sua posse como chefe do Paço Municipal, comentava-se que Mabel se preparava para “desarmar uma bomba”. O empresário, na prática, assumiu funções de prefeito antes mesmo de ocupar oficialmente a cadeira na Prefeitura de Goiânia. A situação era tão grave e tão próxima do colapso que esperar pela data prevista em lei para assumir o Executivo poderia ser perigoso e tarde demais para tentar salvar a capital.
Por pelo menos três meses, Goiânia teve dois prefeitos. Na verdade, quatro, se considerarmos a intervenção do Estado de Goiás decretada pela Justiça a pedido do Ministério Público na área da Saúde, uma das mais afetadas pelas crises e desmandos da gestão anterior. Quando Sandro Mabel finalmente vestiu o terno de prefeito, voltando a ser o único, ao menos tecnicamente, encontrou um cenário de terra arrasada.
Os problemas eram tantos e espalhados por tantos setores que era difícil saber por onde começar. A capital apresentava um cenário caótico, marcado por uma alegada dívida de R$ 4 bilhões deixada pelo ex-prefeito Rogério Cruz, incluindo valores fora da contabilidade oficial, como obrigações canceladas e despesas não empenhadas, sendo mais de R$ 2 bilhões apenas na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Havia pilhas de lixo acumuladas pelas ruas, falta de insumos básicos em unidades de saúde, especialmente nas maternidades, com relatos de gestantes obrigadas a aderir ao parto normal por falta de anestesia para uma cesariana. Serviços e fornecedores estavam sem pagamento, diversos setores ameaçavam greve e ainda havia casos “quentes” de corrupção em pastas públicas.
Além dos problemas evidentes herdados pelo prefeito, outros obstáculos surgiam como fases de um game quase invencível. Entre eles estava a difícil construção de uma relação com o Poder Legislativo, algo imprescindível para qualquer administração.
A postura de Mabel, marcada por seu estilo de gestor, tornou-se alvo de críticas. Alguns vereadores afirmavam que o prefeito “não dialoga” com a Câmara e age com mão “pesada demais”. Um parlamentar chegou a reclamar, em off ao Jornal Opção, que o prefeito “se comporta como se estivesse em uma de suas empresas e nós fôssemos os funcionários”. Para o chefe do Executivo estadual, porém, essas críticas tinham origem no descontentamento de parte dos parlamentares com o corte de regalias às quais estavam acostumados na última gestão.
Os opositores, incluindo ex-aliados que parecem não ter ficado satisfeitos com a “fatia do bolo” que lhes coube, não perderam tempo em potencializar as críticas e ecoá-las nas redes sociais como se fossem a voz de um povo arrependido. No entanto, pesquisas recentes realizadas na fase final do primeiro ano de gestão mostram que, ao contrário do que afirmam, o prefeito está no caminho certo.
Um levantamento do instituto Opção Pesquisas, realizado neste mês de novembro, revelou que a gestão Mabel é aprovada pela maioria da população. A pesquisa apontou que 56% dos entrevistados avaliam a administração como “boa”. O índice dos que aprovam o prefeito é consideravelmente maior do que o dos que desaprovam. Já 24% consideram a gestão “ruim” e 20% não souberam ou preferiram não opinar. Foram feitas 50 mil ligações, das quais 8.988 foram respondidas. Quando perguntados se votariam novamente em Sandro Mabel, 62% responderam que sim, enquanto 38% disseram que não.
A pesquisa também avaliou pontos críticos da gestão anterior que ficaram sob responsabilidade do novo prefeito. Quando questionados se Goiânia está mais limpa, 61% dos entrevistados responderam que sim e 31% disseram que não. Os números revelam avanços em um tema que tem sido o “calcanhar de aquiles” das gestões municipais ao longo da última década.
A revisão de contratos, o corte de cargos e salários na Comurg e a cobrança incisiva de ações e prestações de contas da empresa responsável pela coleta de lixo, medidas criticadas pela oposição, aparentemente surtiram efeito, como percebe a população, que atesta que a cidade está mais limpa.
Em relação à iluminação pública, 55% afirmaram que a cidade está mais iluminada, enquanto 45% disseram que não. Mais uma vez, observa-se uma maioria que reconhece o trabalho de Mabel, especialmente pelo projeto Brilha Goiânia, que instalou 112,5 mil luminárias de LED desde março e beneficiou diretamente mais de 900 mil moradores.
A pesquisa também abordou temas em que, segundo críticos, Mabel seria o “grande perdedor”. Contudo, os dados apontam o oposto. Quando questionados sobre quem está certo, o prefeito ou os vereadores, 59% dos entrevistados afirmaram que Sandro Mabel está certo, enquanto 41% consideraram que os vereadores têm razão.
Enquanto postagens nas redes sociais insistem que a população está insatisfeita com a administração, uma pesquisa conduzida com metodologia e ouvindo quase 9 mil cidadãos de diferentes regiões mostra exatamente o contrário: Sandro Mabel está trilhando o caminho certo para Goiânia.
