Sindiposto: retorno de PIS/Cofins sobre combustíveis trará escalada de preços

28 dezembro 2022 às 15h01

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Após a equipe econômica do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar que não prorrogará a isenção da cobrança do PIS/Cofins, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto) estima escalada de preços da gasolina e diesel no próximo ano.
Pelos cálculos, os impactos da cobrança elevará primeiro os custos nas distribuidoras, a partir de 1º de janeiro. Com isso, na gasolina deve ser acrescidos R$ 0,68 por litro, apenas com os impostos federais (PIS/Cofins e Cide); o óleo diesel, R$ 0,33; e o etanol, R$ 0,24.
“A volta dos impostos, principalmente, da forma como vem, de uma única vez. Isso vai impactar fortemente nos postos de combustíveis, que vão precisar de muito mais capital de giro para manter o estoque à disposição do consumidor. Enfim, vai diminuir a rentabilidade e aumentar os custos ao consumidor”, aponta o presidente do Sindiposto, Márcio Martins de Castro Andrade.
Para ele, a escalada de preços irá se expandir atingindo toda a economia brasileira. “Com a inflação dos combustíveis, o impacto atinge os demais produtos, em função do frete. Isso é muito negativo para o início do governo”, lamenta. O empresário espera que essa decisão seja reavaliada pela nova equipe econômica, para evitar os prejuízos.
