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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 5, o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com salário de até R$ 5 mil mensais. A proposta segue agora para votação no plenário.

O texto, já aprovado pela Câmara, prevê ainda um desconto gradual para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Para compensar a perda de arrecadação, cria uma tributação mínima de até 10% sobre rendas anuais acima de R$ 600 mil.

De autoria do governo Lula (PT), o projeto é tratado como prioridade para entrar em vigor em 2026. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estima que 25 milhões de brasileiros serão beneficiados, enquanto cerca de 200 mil pessoas de alta renda passarão a pagar mais.

Relator da proposta, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) manteve o texto aprovado na Câmara para evitar atrasos. Segundo ele, mudanças poderiam colocar o projeto “em risco” e frustrar os trabalhadores.

As novas regras não alteram a tabela progressiva do IR, apenas ampliam os descontos automáticos que reduzem o imposto devido. Se aprovado pelo plenário e sancionado pelo presidente Lula, o novo modelo valerá a partir da declaração de 2027, referente ao ano-base 2026.