O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% em 2022, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 2. Os principais destaques ficam para os setores de exportações (crescimento de 5,5%), consumo das famílias (4,3%) e serviços (4,2%).

A alta no setor de serviços é um dos principais indicadores responsáveis pelo resultado positivo. isso porque, ao lado da indústria (que registrou crescimento de 1,6%), representa cerca de 90% do total do indicador.

O IBGE destacou que todas as atividades de serviço registraram crescimento em 2022:

  • Transporte, armazenagem e correio: 8,4%;
  • Informação e comunicação: 5,4%;
  • Atividades imobiliárias: 2,5%;
  • Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais: 1,5%;
  • Comércio: 0,8%;
  • Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados: 0,4%.
  • Outras atividades de serviços: 11,1%;

O crescimento do ano foi marcado pelo fim das restrições da Covid-19, que garantiu maior circulação de pessoas e retomada de consumo de serviços no país. A alta é inferior à registrada em 2021, de 5%, mas segue tendência de recuperação após pandemia.

A queda de ritmo foi marcada especialmente pelo quarto trimestre de 2022, que teve PIB negativo após cinco avanços consecutivos. O recuo foi de 0,2% em relação aos trimestre anterior, pontuando cenário de desaceleração da atividade econômica.

Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, a queda no ritmo já era esperada por analistas.