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A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 26,6 bilhões no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões do mesmo período do ano passado. A estatal distribuirá R$ 8,66 bilhões em dividendos aos acionistas. No acumulado do ano, o lucro chega a R$ 61,8 bilhões, com R$ 20,3 bilhões já anunciados em proventos.

Segundo o diretor financeiro, Fernando Melgarejo, o bom desempenho foi impulsionado pela entrada de novos sistemas de produção e pela maior eficiência nos campos em operação. A produção de petróleo e gás cresceu 7,8%, atingindo 2,9 milhões de barris por dia, com destaque para o navio-plataforma Almirante Tamandaré, o maior da empresa.

A produção de combustíveis caiu 0,8%, mas as vendas subiram na mesma proporção, chegando a 1,8 milhão de barris por dia. A receita de vendas recuou 2,6%, para R$ 116,1 bilhões, enquanto o Ebitda avançou 5,1%, para R$ 52,2 bilhões. Sem efeitos extraordinários, o lucro no trimestre foi de R$ 23,1 bilhões.

A queda de 20,2% no preço médio do petróleo reduziu em 17,5% o lucro da área de exploração e produção, para R$ 22,4 bilhões. O preço médio dos combustíveis vendidos pela estatal foi o menor desde o início do governo Lula: R$ 486,89 por barril. A área de refino, transporte e comercialização teve queda de 15,8% no lucro, para R$ 1,2 bilhão.

Os investimentos somaram US$ 4,4 bilhões (R$ 25 bilhões), alta de 32% sobre o segundo trimestre de 2024, concentrados no pré-sal e na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A dívida líquida encerrou o período em R$ 319,5 bilhões, 0,7% abaixo do trimestre anterior.

A companhia afirmou que a distribuição de dividendos segue sua política, que prevê repasse de 45% do fluxo de caixa livre quando a dívida está abaixo do limite do plano estratégico. “Esta distribuição não compromete a sustentabilidade financeira da companhia”, informou em comunicado ao mercado.

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