Michel Temer chama Haddad de “uma agradável surpresa”

30 janeiro 2024 às 18h50

COMPARTILHAR
O ex-presidente Michel Temer (MDB), responsável pela implementação do teto de gastos, elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O emedebista destacou os esforços do petista no controle das despesas federais. A declaração foi dada em evento do UBS BB em São Paulo, nesta terça-feira, 30,
Na ocasião, Temer expressou sua opinião sobre o desempenho do ministro. “Haddad é uma agradável surpresa. Ele faz o possível para manter a integridade das contas públicas”, discursou. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Sobre a economia, o ex-presidente ressaltou que apenas o tempo dirá se será eficaz o modelo adotado pelo governo, mas enfatizou que a ideia de estabelecer um teto para as despesas públicas permanece sem alteração. “Se o novo teto vai dar certo ou não, só o tempo vai dizer. Mas, de qualquer forma, continua intacta a ideia de um teto para as despesas públicas”, afirmou o ex-presidente.
Ao abordar a gestão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Temer expressou a importância de ter otimismo. “O primeiro ano do governo Lula foi de muitos embates, mas agora ele começa a tomar rumo”, acentuou.
Em relação ao atual presidente, Temer disse que Lula deveria adotar uma postura mais pacífica, à exemplo de Nelson Mandela e Mahatma Gandhi. “O que é compreensível. Ele sofreu angústias com sua detenção de 580 dias e saiu muito magoado”, pontuou. Ele expressou preocupação com o tom agressivo de todos os lados e afirmou que isso causa desconforto na população brasileira.
Nesse sentido, acerca de Jair Bolsonaro, ele revelou que aconselhou o ex-capitão. “Bolsonaro me ligou, e aconselhei que evitasse fazer aquele cercadinho, pois isso daria margem a provocações,” exemplificou. Para Temer, a oposição à vacinação contra a Covid-19 e a demora na importação dos imunizantes foram fatores decisivos para a derrota do presidente à época.
STF
Quanto ao Supremo Tribunal Federal (STF), Temer defendeu a manutenção do diálogo entre os três Poderes e rejeitou as críticas ao órgão. “O Judiciário só se manifesta quando provocado. O Supremo vai avançando sobre certos temas porque é provocado. A provocação tem que parar.”
Leia também: Haddad estima em R$ 32 bilhões impacto com desonerações
Empresários do agro e da indústria de Goiás se reúnem com Haddad nesta terça-feira