Mais de 100 empresas apresentam propostas para se instalar no Dianot

13 outubro 2025 às 19h16

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A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) recebeu, nesta segunda-feira, 13, das 10h às 12h, 119 propostas de empresas interessadas em se instalar no Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira (Dianot), em Aparecida de Goiânia.
“Hoje pela manhã, as empresas tiveram duas horas para entregar as propostas. Foram protocoladas 119 propostas, um sucesso absoluto”, comemorou o presidente da Codego, Francisco Jr., em entrevista ao Jornal Opção.
As empresas selecionadas poderão contar com subsídio de até 75% no valor da área, conforme critérios técnicos definidos em edital.
Francisco Jr. afirmou que a estatal mudou a forma de receber propostas para a venda de áreas nos distritos industriais do Estado. Segundo ele, o novo modelo garante mais transparência, segurança jurídica e igualdade de oportunidades entre os empreendedores interessados.
“Por determinação do governador, ele pediu que fosse um processo que tivesse equidade de oportunidades, segurança jurídica e transparência. Então, nós formatamos uma licitação”, explicou.
De acordo com o presidente, o Dianot será o primeiro distrito industrial de Goiás a nascer completamente estruturado e regulamentado.
“Nos 50 anos da Codego e nos 26 distritos já implantados, o Dianot é o primeiro do Estado de Goiás que nasce totalmente infraestruturado e regulamentado, com todas as licenças e documentação. No passado, isso não era comum nem exigido”, destacou.
Francisco Jr. informou que a licitação será realizada em duas etapas e que o distrito contará com cerca de 300 áreas.
“Cada empresa não precisa necessariamente ficar com uma área apenas. Algumas podem adquirir mais de uma, dependendo do tamanho e da necessidade de cada projeto”, explicou.
Segundo ele, as propostas passarão por um processo de análise que deve durar cerca de quatro meses, para verificar se as empresas atendem aos requisitos exigidos pela Codego.
Entre os critérios estão a atividade da empresa — preferencialmente industrial, mas também pode ser uma atividade econômica vinculada à indústria, a geração de empregos e a capacidade de investimento. “Impedimos que alguém adquira uma área apenas para especular, sem previsão de projeto ou implantação. O projeto precisa estar claro, aprovado e com comprovação de capacidade de investimento”, detalhou.
Com base em experiências anteriores, Francisco Jr afirma que o novo distrito tem potencial para gerar até 30 mil empregos diretos e indiretos.
“Quando você implanta uma indústria, gera repercussões em toda a cadeia produtiva. A indústria instalada compra de fornecedores, movimenta serviços e aquece a economia local. Estimamos um potencial de geração entre 20 e 30 mil empregos diretos e indiretos”, afirmou.
Após o fim da análise das propostas, as empresas aprovadas terão prazo entre dois e cinco anos para implantar seus empreendimentos, dependendo do porte e do tipo de operação.
“O processo de análise deve durar cerca de quatro meses. Depois disso, as empresas terão entre dois e cinco anos para implantar suas atividades. Algumas precisam de áreas muito grandes, como 50 mil metros quadrados, por isso o prazo precisa ser equilibrado para todos”, explicou.
Francisco Jr. adiantou que há expectativa de participação de grandes grupos empresariais, inclusive multinacionais.
“Eu ainda não abri os envelopes, porque eles foram entregues hoje. Mas, ao longo do processo, recebemos consultas e pedidos de orientação de várias empresas, inclusive de grande porte. Acredito que haverá participação de multinacionais”, disse.
O presidente destacou ainda o avanço das obras de implantação do novo distrito: “O Dianot está bem adiantado na sua implantação.”
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