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A Toyota enfrenta uma paralisação na produção de veículos no Brasil por tempo indeterminado, após a destruição causada na fábrica de motores de Porto Feliz (SP), na última segunda-feira, 22. A situação deve resultar em queda nas vendas de dois automóveis nacionais da marca, que são líderes em suas categorias, e que deixarão de ser oferecidos nas concessionárias assim que os estoques remanescentes se esgotarem.

Nos primeiros oito meses de 2025, a Toyota foi a quarta montadora em volume de vendas de automóveis e comerciais leves, somando 121.922 emplacamentos, o que representa 7,74% de participação de mercado.

O Corolla, líder de mercado entre os sedãs médios, acumulou 24.456 emplacamentos de janeiro a agosto, com 58,06% de participação na categoria. Ele é fabricado na unidade de Indaiatuba (SP), atualmente parada, e cuja produção deve ser transferida em 2026 para Sorocaba, que passa por ampliação e absorverá a maior parte do investimento de R$ 11 bilhões da Toyota no Brasil até 2030.

Outro líder impactado é o Corolla Cross, que vendeu 44.692 unidades nos oito primeiros meses do ano, tornando-se o terceiro SUV mais vendido do país no período. A parada em Sorocaba também afeta o lançamento do Yaris Cross, previsto para outubro, e que será o carro mais barato da marca no Brasil. O Yaris compacto, que deixou de ser vendido localmente, também sofre com a paralisação, embora ainda seja exportado para outros países da região.

Apesar disso, a Toyota mantém a produção de outros dois campeões de vendas fabricados na Argentina: a Hilux, líder entre as picapes médias com 32.090 unidades vendidas, e o SW4, SUV 4×4 mais emplacado no país, com 10.981 vendas no período. Estes modelos servirão de suporte à marca enquanto a produção local não for normalizada.