O senador Jean Paul Prates (PT), indicado para presidir a Petrobras, afirmou, nesta quarta-feira, 4, que sob seu comando não haverá intervenção nos preços de combustíveis na estatal. A declaração do parlamentar foi feita depois da solenidade de posse do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Segundo ele, a empresa não deve fazer intervenção em preços. “Ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. É um contexto. A Petrobras reage a um contexto. Então, a gente vai criar a nossa política de preços para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras. A gente não pode influenciar”, frisou.

Para Prates, quem faz a política de preços é o próprio governo federal, no entanto, rejeitou qualquer intervenção direta nos valores cobrados. “Claro que não [terá intervenção]. Ninguém nunca falou em intervenção. Eu não sei onde inventaram essa história de intervenção. Um dia eu disse que a política de preços da Petrobras é para os clientes da Petrobras. Quem faz política de preços é o governo. Aí interpretaram que a gente ia intervir no preço”, explanou.

Além disso, o senador rechaçou a medida de “revogaço”. “É uma política de preços, a gente vai juntar várias coisas: ações da ANP, ações de ministério e a prática do mercado, que está acima de tudo. Ninguém está revogando nem vai revogar o mercado. O mercado vai funcionar exatamente como deve ser”, pontuou.

Renúncia

Após o comunicado de renúncia de Caio Paes de Andrade, o Conselho de Administração da Petrobras nomeou como presidente interino João Henrique Rittershaussen. A decisão foi anunciada pela estatal em comunicado ao mercado na manhã desta quarta-feira.

Ex-presidente da companhia, Andrade aceitou um convite do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para assumir um cargo na gestão estadual paulista.