Impulsionada pela Copa do Mundo, intenção de consumo das famílias atinge maior nível desde 2020

21 novembro 2022 às 16h15

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Impulsionada pela Copa do Mundo, Black Friday e proximidade das festas de fim de ano, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Brasil avançou 1,3% em novembro, na comparação com o mês anterior, e chegou a 89 pontos. É o maior patamar desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020. O resultado foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta segunda-feira, 21. No mesmo mês do ano passado, o indicador registrava 73,4 pontos.
Segundo a CNC, o setor acelera desde julho. O resultado positivo em novembro foi puxado principalmente pela intenção de compra dos brasileiros para a Copa do Mundo 2022, que acontece no Catar, e teve início neste domingo, 20.
De acordo com o levantamento, 36% dos consumidores pretendem adquirir produtos relacionados ao mundial de futebol, como as camisetas da Seleção Brasileira, resultado 12 p.p. acima da Copa de 2018. A expectativa é da movimentação de R$ 1,5 bilhão no varejo.
O estudo mostra que 14,9% devem adquirir roupas; 14,6% focam em alimentos e bebidas para consumir em casa; já 3,8% pretendem comprar televisores. Mais de 54% devem pagar à vista, enquanto 43,6% projetam parcelar, aumento de 7,2 p.p. em relação a 2018.
Além da Copa, as festas de fim de ano também aumentam a expectativa do consumo das famílias brasileiras em novembro, desde a Black Friday até o Natal. Por isso, o índice que mais cresceu em novembro foi o de Nível de Consumo Atual, com uma alta de 3,1% no mês (73,8 pontos).
No caso da Black Friday, os consumidores avaliam que o cenário é melhor para a aquisição de bens duráveis. A data é conhecida pelo foco na venda de eletrônicos e eletrodomésticos pela internet.
A percepção sobre a renda pelos brasileiros também melhorou em novembro e cresceu 1%, segundo o estudo da CNC. A categoria registrou 103,8 pontos, acima do patamar positivo de 100 pelo segundo mês seguido, o que não ocorria desde março de 2020.
Mais sensíveis às variações da inflação, com a queda do índice, as famílias com um faturamento de até dez salários mínimos registraram o maior aumento da intenção de consumir em novembro. O grupo registrou uma alta mensal de 1,3% (85,5 pontos), contra 1% de crescimento para as famílias que recebem mais de dez salários mínimos (106,1 pontos).