Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira, 11, mostra que o setor de serviços em Goiás regrediu, indo na  contramão do crescimento que vinha acontecendo no primeiro semestre. O documento mostra que, em julho deste ano, o volume de serviços no estado regrediu 0,3%, em comparação com o mês anterior, e 6,3%, em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Contrastando com o retrato do setor de serviços goiano, o país registrou crescimento de 1,2% no volume dos serviços, acumulando aumento de 2,9% entre junho e julho. O setor de serviços tem se destacado pela porcentagem que contribui para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional. 

O IBGE destaca ainda que, em Goiás, o acumulado de 2024 até julho está em 1% negativo, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses acusa crescimento de 1,5%. A queda mais recente foi puxada pela baixa nos seguintes setores: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-14,8%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (-12,6%). Ambos setores tiveram acumulado negativo de janeiro a julho, com -4,5% e -8,1%, respectivamente.

Apesar da queda geral no setor de serviços goianos, algumas áreas relacionadas mostraram crescimento. São elas:  Serviços prestados às famílias (14,0%), Outros serviços (12,6%) e Serviços de informação e comunicação (5,5%). Todas essas atividades apresentaram acumulados positivos no ano, com 4,9%, 8,0% e 7,1%, respectivamente.

Turismo 

O setor de serviços ligados ao turismo apresenta variação. O crescimento de 3,9% mostrado neste boletim contrasta com a queda do acumulado, que atualmente está em 3% negativo. 

Nacionalmente, o indicador de atividades turísticas (IATUR) registrou uma retração de 0,9% de junho para julho. Ou seja, Goiás apresentou crescimento no turismo em período de retração nacional. 

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Sobre o levantamento 

Conforme informam no documento, “a Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação”.

O destaque desta edição está para Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Sergipe, que mostraram crescimento no setor de serviços, respectivamente, 14,8%, 5% e 4%. Os estados com pior desempenho de junho a julho foram Tocantins (-2,2%), Espírito Santo (-2,3%) e Amapá (-3,1%).