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Após o governo de Jair Bolsonaro (PL) publicar despacho em que mantém o percentual de 10% do biodiesel no diesel até 31 de março de 2023, a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu aumentar a quantidade de acréscimo ao produto vendido para o consumidor.

Integrantes da equipe alegam que, quanto maior o percentual de biodiesel no diesel, mais a agricultura será beneficiada. O Estado de Goiás é grande produtor de biodiesel. O argumento é que as matérias-primas do biodiesel são soja, algodão e canola; assim, o uso do combustível seria favorável para o setor e para o meio ambiente.

O programa RenovaBio, que visa auxiliar o setor de biocombustíveis na tarefa de descarbonização da economia brasileira, sustenta que o percentual deveria ter aumentado para 14% em março de 2022, e para 15% em 2023.

Embora a equipe de transição se manifeste a favor do aumento, os integrantes do futuro governo Lula querem conversar com a indústria e com integrantes do setor antes de promover qualquer mudança.

Preço

Atualmente, a adição obrigatória de biodiesel está em 10%, valor abaixo do percentual estabelecido na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Esta foi uma das diversas medidas adotadas pelo atual governo para baixar o preço do diesel.

A diminuição aconteceu como consequência dos custos das matérias-primas do biodiesel, que subiram em decorrência da pandemia, da alta do dólar, da guerra na Ucrânia e da quebra da safra de soja, fazendo com que, quanto maior o percentual de mistura, mais caro fosse o litro de diesel para o consumidor.