Co-fundador do Plano Real integrará equipe de transição do governo eleito

05 novembro 2022 às 16h54

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Co-fundador do Plano Real, o economista André Lara Resende vai integrar a equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os petistas convidaram Resende para fazer parte do grupo depois da consolidação da vitória, em 30 de outubro. Mas, apenas agora ele aceitou o convite.
O Plano Real foi implantado no governo de Itamar Franco e consolidado nas gestões de Fernando Henrique Cardoso. Em governos anteriores, Rezende foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e participou da campanha de Marina Silva (Rede), na época pelo PSB, à Presidência, em 2014.
Além dele, são cotados para fazer parte do time os economistas Persio Arida e Guilherme Mello. Arida é próximo de Alckmin. Ele foi coordenador do programa econômico do ex-governador de São Paulo em 2018. Neste momento, participa ativamente das discussões sobre o plano de governo de Lula.
Comitê
As nomeações para o comitê de transição são reguladas por uma lei federal, nº 10.609/2002. Ela foi assinada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O objetivo foi de organizar a transição para o primeiro governo Lula. A equipe que cuida da transição entre o governo Bolsonaro e, novamente, Lula é coordenada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). A cúpula do grupo pode ser composta por pelo menos 50 pessoas.
A lei determina que o vencedor da eleição deve indicar até 50 nomes para que a Casa Civil do governo em exercício nomeará. Atualmente, a pasta na gestão de Bolsonaro é comandada por Ciro Nogueira. Já no orçamento, os nomeados terão direito a salários que variam de R$ 2.701,46 a R$ 17.327,65. Os cargos são transitórios, valendo até 10 de janeiro do ano que vem, isto é, 10 dias depois da posse do novo presidente.