Alimentação, energia e passagens áreas elevam inflação em dezembro

11 janeiro 2024 às 10h36

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Os principais responsáveis pelo aumento da inflação em dezembro do ano passado foram os setores de alimentação, energia elétrica e passagens aéreas, conforme indicam os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 11.
Segundo o IBGE, a inflação oficial do país acumulou 4,62% ao longo de 2023. Até novembro, o índice acumulado de 12 meses estava em 4,68%. Apesar de ter superado as projeções do mercado em dezembro, a inflação encerrou o ano abaixo do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), marcando a primeira vez desde 2020.
No mês de dezembro, todos os grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE apresentaram aumento. O maior impacto veio do grupo de alimentação e bebidas, com uma variação de 1,11%, acelerando em comparação a novembro (0,63%). O setor de transportes também teve uma significativa contribuição, com alta de 0,48%.
No segmento de alimentação em domicílio, observou-se um aumento de 1,34%, influenciado pelos aumentos nos preços da batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou em relação a novembro, com aumentos nos preços de lanches (0,74%) e refeições (0,48%).
No grupo habitação, que teve um avanço de 0,34%, destaca-se o aumento de 0,54% no preço da energia elétrica residencial. O setor de transportes foi impactado pelo aumento nas passagens aéreas (8,87%), sendo esse o subitem com a maior contribuição individual sobre o índice do mês (0,08 ponto percentual).
É importante notar que todos os combustíveis pesquisados pelo IBGE apresentaram queda de preços: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%).
A variação de todos os grupos pesquisados foi a seguinte:
- Alimentação e bebidas: 1,11%
- Artigos de residência: 0,76%
- Vestuário: 0,7%
- Despesas pessoais: 0,48%
- Transportes: 0,48%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,35%
- Habitação: 0,34%
- Educação: 0,24%
- Comunicação: 0,04%