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A Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) cumpriu, nesta última terça-feira, 16, a Operação Portas Abertas em uma unidade terapêutica de Brasília após denúncias graves de cárcere privado, abusos sexuais e tortura dos pacientes. A unidade foi identificada como uma filial do Instituto Terapêutico Liberte-se no Lago Oeste.  

Segundo o delegado Ricardo Viana, chefe da 35ª Delegacia de Polícia de Sobradinho II, a operação veio após denúncias dos crimes terem sido submetidas a deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CL-DF) que também esteve no local. Além disso, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), foi acionado devido a denúncias de cárcere privado, tortura e trabalho forçado não-remunerado.

A central da unidade, em Paranoá, também foi alvo de denúncias no último dia 31 de agosto, quando um incêndio acometeu a sede e matou cinco pacientes mais 12 pessoas feridas do centro de recuperação. 

Conforme afirma o delegado, a corporação esteve no local no dia 16 e ouviu os 27 internos da unidade que confirmaram as irregularidades. Com a constatação, a corporação fez a atuação em flagrante de três homens 40, 46 e 49 anos, sendo os proprietários e o coordenador da unidade, os investigados foram autuados pelo crime de cárcere privado e o caso foi encaminhado à Justiça. 

Os pacientes internados no centro de recuperação informaram ao Metrópoles que eram vítimas de abusos constantes, como agressões físicas, sexuais e psicológicas. Além disso, foi relatado casos de enforcamento e superlotação. A apuração também encontrou que a unidade não fazia a assistência médica adequada, como a prescrição de medicamentos sem a documentação e sem a presença de um psicólogo ou psiquiatra na unidade.

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