A Secretaria de Cultura (Secult) de Goiânia inaugura, na noite desta quarta-feira, 3, a exposição de Glória Mariano na 2° Mostra Individual Coletiva (MIC). As obras da artista visual mesclam arte abstrata com tecnologia digital. A exposição fica disponível para visitação do dia quatro de julho até quatro de agosto. O evento de inauguração tem início às 19h, e acontece no Plaza Inn Augustus Hotel, na avenida Araguaia, número 702, setor Central. A produção é de Laila Santoro e Mayra Chalub e a exposição segue o lema “Da Galeria à Recepção”.

Em entrevista ao Jornal Opção, Glória Mariano compartilha um pouco de sua trajetória pessoal e profissional. Nascida em Goiânia, em 1957, se formou em História e Estudos Sociais, e se tornou artista visual e poetisa. “Eu utilizo técnicas que mesclam arte e tecnologia digital produzindo pinturas digitais”, compartilhou a pintora. As imagens digitais de Glória vêm compondo exposições desde 2015.

Para a expositora, a criação artística é “um ato de libertação, um instrumento de sobrevivência, um fator indissociável da categoria humana”. Ao se referir à inauguração que acontece hoje no Hotel Plaza Inn Augustus, ela explica que “no diálogo entre o nosso mundo interno e o externo, entre o eu e o outro, entre artistas locais e turistas, a arte configura uma potente ferramenta de comunicação”. 

Ao todo, são 18 pinturas digitais expostas até o dia quatro de agosto. “Ao cruzar essas formas de expressão, buscamos estimular pensamentos e ações de criação presentes em todos nós”, compartilha parte de suas inspirações. 

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Ao falar sobre o cotidiano da profissão artista, Glória afirma que “o valor destinado aos editais [de arte e cultura, a nível federal, estadual e municipal] continua sendo insuficiente para a sobrevivência com dignidade da maioria das pessoas artistas”. A artista visual destaca avanços nessa área a nível federal durante os últimos dois anos. Apesar da melhora recente, mais investimentos e maior diversidade nas propostas se fazem necessários. “Precisamos garantir que a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura não seja apenas retórica, mas sim concreta”, concluiu. 

A artista visual garante que, em Goiás, os produtores culturais e o público apreciador das artes seguem presentes, mas carecem de mais incentivos a fim de produzir e consumir mais conteúdos artísticos. “A população goiana é participativa e busca seu acesso às diferentes manifestações culturais”, explica.

Imagem digital 

Apesar de ter se iniciado na pintura aos 17 anos, Glória só teve o primeiro contato com a arte digital em 2013. “A arte digital me permite desenvolver a criatividade. É uma ferramenta de experimentação, de expressão”, compartilha. A artista, que inicialmente se dedicou às telas com tintas em óleo e acrílicas, encontrou novas possibilidades fazendo uso de aplicativos de arte e programas de edição. 

“Utilizo, assim, as ferramentas digitais como plataformas para os meus anseios. Experimento a minha criatividade e expresso as minhas emoções com profundidade, por meio de plataformas tecnológicas”, finalizou.