Do Japão para Goiânia: Ghibli Fest traz magia e cultura em programação com 14 filmes

25 setembro 2025 às 11h22

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A animação japonesa, mundialmente conhecida como anime, é um estilo de animação com características artísticas e narrativas próprias. O Cine Cultura de Goiânia integrou a rede nacional de exibição do Ghibli Fest e exibiu, entre os dias 18 e 24 de setembro, 14 filmes do Studio Ghibli. Fundado em 1985 por lendas da animação como Hayao Miyazaki, Isao Takahata e o produtor Toshio Suzuki, o estúdio é uma referência de qualidade, sensibilidade e estilo visual único
A produção do Ghibli se destaca por ser majoritariamente desenhada à mão, com cores vivas e um ritmo mais contemplativo do que as animações ocidentais. No Brasil, essas animações são distribuídas pela Sato Company. Referência na popularização de produções asiáticas, como animes, tokusatsus e doramas, no mercado brasileiro, atuam em cinema, televisão e streaming.
De acordo com o curador e diretor do Cine Cultura, Fabrício Cordeiro o Ghibli Fest teve por objetivo comemorar 40 anos do Studio Ghibli. Embora já fosse um estúdio muito reconhecido no meio do cinema, passou a ser mais popular, quando “Viagem de Chihiro” ganhou o Oscar em 2001. “Castelo Animado também é bastante conhecido. Mas tiveram outros filmes do Miyazaki no festival, que já não são tão conhecidos. Um exemplo é o Eu Posso Ouvir o Oceano, que foi o primeiro filme dos estúdios Ghibli – originalmente feito para TV japonesa”, explica em entrevista ao Jornal Opção.
O Castelo Animado
O filme de 1h 59min, dirigido por Hayao Miyazaki narra a história da jovem Sophie que se torna velha, após receber uma terrível maldição de uma bruxa. Desesperada, ela embarca em uma odisseia em busca do mago Howl, um misterioso feiticeiro que pode ajudá-la a reverter o feitiço. O Jornal Opção esteve em cobertura e entrevistou o público sobre o filme e também sobre o Ghibli Fest.

A estudante, Cecília Rabello de 19 anos, disse que o filme “O Castelo Animado” é uma animação que vai muito além de um filme para criança. “Festivais como este são importantes para aderir a outras culturas, para que a gente possa conhecer outros países, mesmo estando no Brasil. No caso do Ghibli Fest, é uma maneira visual da gente compreender os costumes japoneses”, enfatiza.
Para o designer gráfico, Vitor Guimarães Ribeiro, de 20 anos, o melhor da animação é que ela atinge todas as idades. “Criança pode assistir, mas não é voltado só para elas. O incrível é que por meio da arte, o público é sensibilizado e consegue refletir sobre a vida. Traz pautas importantes, como guerras – o que desvirtuam totalmente da infantilização”.
Além do Cine Cultura, o festival também ocupou diversas salas de cinema pelo país, com a primeira fase reunindo 14 longas-metragens em cópias remasterizadas, disponíveis em sessões dubladas e legendadas. A segunda fase, com os filmes restantes do catálogo do estúdio, está prevista para 2026.

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