*Por Luiz Galvão: Jornalista, GCM, escritor e presidente da Academia Canedense de Letras

A data será perto de janeiro de 2126, aí vem aquelas perguntas clichês: ‘como estará o mundo e a natureza’, ‘os carros e suas tecnologias’, ‘a ciência e seus estudos’, ‘as novas e antigas doenças com suas descobertas e curas’, ‘os modismos e as pessoas’? Tudo ficará à mercê da capacidade que temos em criar no imaginário.

Pois bem, vamos voltar para o início dos anos de 1960, quando um desenho animado, A família Jetsons, série animada criada pela dupla Hanna-Barbera, já mexia com o pensamento daqueles que viam um futuro em que teríamos robôs trabalhando dentro de nossas residências, e veículos que flutuavam pelo espaço sideral, o que de fato já ocorre nos dias atuais, então imagine você, o que acontecerá daqui a cem anos? Será que ainda temos tempo para toda essa imaginação do futuro, ou paramos de criar esse hábito após o surgimento da I.A.?

É importante salientarmos alguns pontos simples de reflexões e que devem ser postos à mesa, tais: quem estará morando em nossas residências até lá? Lembrarão de nossos nomes e fisionomias? Estaremos visitando e/ou morando no planeta Marte como o planejado de hoje em dia? É um pouco difícil respondê-las neste momento, mas não custa nada parar e pensar sobre o tema.

Recentemente lendo um artigo escrito em 2007, onde o mesmo citava uma frase de Steve Jobs, quando apresentou ao mundo iPhone, que dizia: “De vez em quando, surge um produto revolucionário que muda tudo”, e é nessa perspectiva que foco meus pensamentos. São nessas criações que evoluímos e aprimoramos nossos conhecimentos. Somos muito inteligentes e criativos, tanto que não me preocupo em quem estará morando em minha casa, ou mesmo se meu sobrenome ainda seguirá na linhagem genealógica.

Penso muito mais, se teremos água potável para todos, ou se reduziremos nossos gases venenosos em nossa atmosfera tão baqueada, quiçá se teremos comida para matar a fome de uma população moribunda e refém nas mãos de um pequeno grupo de trilionários alheios ao tema. Mas voltando ao tema, como citei anteriormente, não podemos esquecer das inteligências artificiais (A.I.), uma vez que sua presença será ainda mais real do que agora e seu significado ainda mais próximo à realidade humana em relação às tecnologias futurísticas. Imaginemos quantas coisas boas elas criarão e quantas outras coisas ruins nos entregará na palma da mão.

É necessário que se faça uma pausa em nossos ritmos de vida e começamos a olhar o nosso meio, em nossa volta e apreciarmos com mais atenção o que a natureza nos dá e não pensemos tanto no próximo século, afinal, o futuro a Deus pertence.