William Bonner denuncia que seu filho Vinicius continua sendo vítima de estelionatários

21 maio 2020 às 15h46

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Criminoso, com o CPF de Vinicius Bonemer, se inscreveu no programa do governo federal para receber 600 reais
Vinicius Bonemer, de 22 anos, sofreu um acidente de trânsito, em 2017, e seus documentos foram expostos em grupos de WhatsApp. Desde então, vem sendo vítima de estelionatários. O mais recente: inscreveram seu nome, com seu CPF, no programa de auxílio emergencial do governo federal. Para receber 600 reais. A denúncia é do pai do jovem, William Bonner, apresentador e editor-chefe do “Jornal Nacional”. O jornal “Meia Hora” iria publicar a história, como denúncia, mas recuou a partir dos esclarecimentos dos fatos.

William Bonner decidiu voltar ao Twitter com o objetivo de esclarecer o que está acontecendo com seu filho. “Estelionatários têm usado há três anos o nome e o CPF de meu filho para fraudes, como a abertura de empresas ou a contratação de serviços de TV por assinatura, entre outras. Constituí advogados para encerrar todas as falcatruas, devidamente denunciadas à polícia, com queixas registradas em boletins de ocorrência. A repetição de fraudes chegou ao ponto de tornar recomendável uma troca do CPF. Mas, no Brasil, a vítima de golpes dessa natureza precisa passar por uma longa provação, em que tempo e dinheiro se esvaem no desenrolar do processo burocrático. Por justiça, não deveria ser assim. Meu filho e qualquer cidadão vítima de estelionato precisariam ser defendidos pela burocracia, em vez de punidos por ela”, assinala o jornalista.
O apresentador do “JN” sublinha: “Meu filho não pediu auxílio nenhum, não autorizou ninguém a fazer isso por ele. Mais uma fraude, obviamente”.
William Bonner critica os critérios do governo de Jair Bolsonaro: “Pelos critérios do programa de auxílio emergencial, alguém nas condições socioeconômicas do meu filho não tem direito aos 600 reais da ajuda. Portanto, quem quer que viesse a usar o nome, o CPF e dados pessoais dele deveria receber como resposta ao pleito um ‘não’. Mas, pelo que vimos ao consultar o site do Dataprev, o pedido de auxílio feito por um fraudador foi aprovado. O fraudador provavelmente indicou que não tinha conta bancária e abriu a conta específica da Caixa — a que, obviamente, meu filho não tem acesso. Portanto, sequer sabemos se o dinheiro foi depositado e se foi sacado”.