Vladimir Netto, da TV Globo, lança livro sobre Sergio Moro e os bastidores da Operação Lava Jato

14 junho 2016 às 17h55
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Livros de oportunidade, por mais que se datem rapidamente, são úteis porque dão uma visão de conjunto dos problemas, como a corrupção do petrolão
“Lava Jato — O Juiz Sergio Moro e os Bastidores da Operação Que Abalou o Brasil”, do jornalista Vladimir Neto (400 páginas), é a grande aposta da Editora Primeira Pessoa.
O livro, até pela necessidade de saber mais sobre a Operação Lavo Jato, a partir de informações organizadas, é oportuno. O repórter da TV Globo — filho dos jornalistas Miriam Leitão e Marcelo Netto — não é nenhum neófito.
Como ainda não li, arrolo a sinopse da editora para que o leitor tenha uma ideia de seu conteúdo: “Em ‘Lava Jato — O Juiz Sergio Moro e os Bastidores da Operação Que Abalou o Brasil’, o jornalista Vladimir Netto acompanha as investigações desde seu início, em março de 2014, e, como num livro de suspense, vai revelando, pouco a pouco, os principais desdobramentos que expuseram o maior escândalo de corrupção do país.
“À medida que a operação avança, vamos descobrindo quem são os personagens-chave desse processo — doleiros, dirigentes da Petrobrás, políticos e empreiteiros e como se articularam para desviar bilhões dos cofres da estatal.
“Para traçar o perfil do juiz Sergio Moro, fio condutor desta história, o autor se debruça sobre seu trabalho: o vasto conhecimento técnico, as perguntas meticulosas, as sentenças fundamentadas e a coragem de enfrentar a pressão de advogados de renome.
Repleto de informações de bastidor, ligações perigosas e diálogos de um cinismo impensável, este grande livro-reportagem, com ares de trama policial, é um registro histórico do conturbado período que o Brasil atravessa.”
Um problema do livro é que, como a Operação Java Jato — com os processos judiciais — ainda está em andamento, tende a ficar superado ou datado rapidamente. Portanto, trata-se de uma obra de oportunidade. Ao final da operação, com todos julgados — alguns absolvidos, outros condenados —, é provável que o repórter publique uma edição revista e conclusiva.