Uma coisa é evidente: as principais reportagens investigativas sobre o petrolão saíram na publicação da Editora Abril. E não foram desmentidas por ninguém

Nos casos do mensalão e do petrolão, não há a menor dúvida de que as principais denúncias — comprovadas — foram publicadas pela “Veja”. O grau de acerto e de ousadia jornalística é alto. A revista errou a respeito do senador Romário de Souza Faria, do Rio de Janeiro, e admitiu, com todas as letras, a falha. Os “adversários” da publicação da Editora Abril — muitos com a cabeça feita pela máquina de propaganda do PT — vão se esbaldar. Certamente vão transformar um equívoco numa avaliação geral das demais publicações. Entretanto, aquele que se der ao luxo de verificar, possivelmente concluirá que os acertos são bem maiores. Muito do que a imprensa está publicando sobre o petrolão saiu antes na “Veja”. Quem mais se aproxima da revista, em termos de jornalismo investigativo de qualidade, é o “Estadão” e, em terceiro lugar, a revista “Época”.

Abaixo, leia o texto da “Veja” no qual reconhece que errou.

 

VEJA reconhece erro e pede desculpas a Romário

Em seu perfil no Instagram e em sua página na internet, o senador Romário de Souza Faria publicou a informação de que recebeu do banco suíço BSI um documento (leia a íntegra em francês) enviado por aquela instituição financeira às autoridades daquele país. “Nós estabelecemos como certo que este extrato bancário é falso e que o Sr. Romário de Souza Faria não é o titular desta conta em nosso banco na Suíça.”

O extrato em questão foi publicado há duas semanas por VEJA como prova de que Romário era titular de uma conta bancária na Suíça com saldo equivalente a 7,5 milhões de reais. O comunicado do BSI não deixa dúvida sobre as adulterações no documento e pede às autoridades que investiguem a autoria da falsificação.

Por ter publicado um documento falso como sendo verdadeiro, VEJA pede desculpas ao senador Romário e aos seus leitores. Esse pedido de desculpas não veio antes porque até a tarde desta quarta-feira ainda pairavam perguntas sem respostas sobre a real natureza do extrato, de cuja genuinidade VEJA não tinha razões para suspeitar.

A nota do BSI dissipou todas as questões a respeito do extrato. Ele é falso.

A investigação desse episódio, no entanto, continuará sendo feita por VEJA.

Estamos revisando passo a passo o processo que, sem nenhuma má fé, resultou na publicação do extrato falso nas páginas da revista, evento singular que nos entristece e está merecendo toda atenção e cuidado para que nunca mais se repita.