Romário, irreverente, posa da Suíça após negativa sobre conta: “Chateado”
Romário, irreverente, posa da Suíça após negativa sobre conta: “Chateado”

A edição de “Veja” que circulou na semana passada trouxe uma matéria que envolvia Romário em um escândalo internacional, quase um Swissleaks particular: o ex-jogador e hoje senador pelo PSB teria cerca de R$ 7,5 milhões em conta na Suíça e não teria declarado esse patrimônio à Receita, o que seria grave, ainda mais para um político. Brasileiros que tenham a partir de US$ 100 mil (cerca de R$ 350 mil, atualmente) no exterior precisam comunicar o fato às autoridades nacionais.

A matéria da “Veja” vinha com o título “Romário tem conta milionária na Suíça – e não a declarou ao Fisco”. O “Baixinho” respondeu com sarcasmo, em nota no Face­book. Disse que recebia a notícia como alguém que ganha na Mega-Sena, porque desconhecia que tivesse feito tal aplicação, “ainda mais em 2013”, como anunciou a revista. E foi até a Suíça para conferir o caso “in loco” — coisa, aliás, que a apuração da matéria deveria ter feito antes de publicá-la. E soltou uma segunda nota irônica (na íntegra): “Galera, bom dia! Chateado! Acabei de descobrir aqui em Genebra, na Suíça, que não sou dono dos R$ 7,5 milhões. Aguardem mais informações… Agora, aqueles que devem, (sic) podem começar a contar as moedinhas, porque a conta vai chegar de todas as formas. Eu não finjo ser decente, não faço de conta ser sério e nem pareço ser correto. Eu sou!!!”

Infere-se que Romário vai processar a revista. Nada incomum esse tipo de ocorrência, veículos de comunicação estão sempre sujeitos a isso. O problema é que o senador alega que “Veja” usou um documento falso para embasar a matéria. E isso, sim, é muito grave. Jor­nalística e penalmente.

Um dos melhores frasistas dos gramados brasileiros — talvez só perca para Dario, o “Dadá Ma­ravilha”, Romário disse em 2002, ao ser contratado pelo Fluminense: “Quando eu nasci, Deus apontou o dedo em minha direção e disse: esse é o cara.” Parece que desta vez a “Veja” provocou o “cara” errado.