Saiba quem foi a espanhola que tentou se casar com o nazista Hitler
02 junho 2024 às 00h01

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O austríaco Adolf Hitler, que se tornou chanceler da Alemanha em 1933 — o ano da fundação de Goiânia e do nascimento de Iris Rezende, em Cristianópolis —, não era, de acordo com pesquisadores, “mulherengo”. Tampouco parecia muito interessado em sexo. Há quem postule que tinha “tendências” (é o termo usado) homossexuais (há um livro que fala abertamente disso, quiçá com relativo excesso). Mas o líder nazista gostou de algumas mulheres, como Geli Raubal e Eva Braun, com quem se casou nos momentos finais.
Talvez por ser um político poderoso e carismático, que apreciava manter as pessoas à distância, Hitler atraiu várias mulheres. Não há evidências de encontros sexuais. Eva Braun, por exemplo, chegou a sugerir que, como “santo”, era “intocável”, inclusive por ela. Seu grande amor, dizia o ditador, era a Alemanha. Talvez fosse o poder.
O jornal “Abc”, da Espanha, relata, num podcast, a história da espanhola Pilar Primo de Rivera — que não é citada nas biografias clássicas de Hitler (a do britânico Ian Kershaw) e de Joseph Goebbels (a do alemão Peter Longerich) —, que se apaixonou pela figura mítica do homem que levou o mundo à Segunda Guerra, entre 1939 e 1945, provocou a morte de cerca de 80 milhões de pessoas e assassinou 6 milhões de judeus (em campos de concentração e extermínio ou executados com armas no Leste Europeu).
Fundadora da Seção Feminina da Falange (a organização de Francisco Franco, o ditador espanhol), Pilar Primo de Rivera se encontrou com Hitler, em 1938, em Berlim. A espanhola quedou-se mesmerizada. O ditador deu-lhe de presente um vaso de flores lilases e amarelas, uma moldura de prata e um retrato autografado. A paixão intensificou-se. Afinal, o nazista não era dado a certos cortejos, apesar da “fama” de homem “sedutor”.
Siderada, Pilar Primo de Rivera voltou à Alemanha, em 1941. Escritor, teórico do fascismo e embaixador da Espanha, Ernesto Giménez Caballero percebeu a oportunidade de unir os “reinos”, digamos assim, da Alemanha e da Espanha por intermédio de um casamento. Ele tentou convencer o ministro da Imprensa e da Propaganda, Joseph Goebbels, de que o casamento seria importante para os países. Tudo indica que o nazista não lhe deu a mínima pelota.
