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A busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro, do PL, podem mostrar que a conexão golpista, longe de acabar, continua — e agora com o beneplácito da corte, quer dizer, dos Estados Unidos. No popular tiro pela culatra, Eduardo Bolsonaro pode levar o pai à prisão mais cedo do que se imagina.

Para evitar um novo caso Carla Zambelli, a Justiça agiu rápido: agora ficou mais difícil Jair Bolsonaro fugir, ainda que seja por meio da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, ou uma escapada via Argentina de Javier Milei.

As novas investigações, e certamente a Polícia Federal já tem amplo material em mãos, certamente poderão revelar alguma coisa sobre as articulações de Jair Bolsonaro, interna e externamente, tanto para fugir quanto para armar ataques ao governo de Lula da Silva.

A tornozeleira eletrônica não é meramente simbólica. Sinaliza, na verdade, que vem prisão por aí.

Por sinal, a prisão pode ocorrer antes mesmo de uma possível condenação pelo Supremo Tribunal Federal. Condenação tida como certa, pois está mais do que comprovado que Jair Bolsonaro articulou um golpe de Estado. Por isso o desespero do trumpismo de Eduardo Bolsonaro.

A prisão de Bolsonaro, à espreita, deve enfraquecer, de alguma maneira, o bolsonarismo.

Porque alguns “pássaros”, como Mário Fernandes e Anderson Torres, poderão “cantar” alguma coisa em delações premiadas. Se não contarem, podem mofar na cadeia.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é outro que, possivelmente, não resistirá às pressões. Ele, claro, não quer ser preso… de novo.

Ao final de tudo, há a possibilidade de se pedir a extinção do PL? É uma possibilidade, claro. Se ficar comprovado que dinheiro do PL — dinheiro público — ajudou na estruturação golpista, o partido dirigido por Valdemar Costa Neto estará comprometido.